Com as placas de energia solar, qualquer um produz a própria eletricidade
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Com as placas de energia solar, qualquer um produz a própria eletricidade

Fala galera, beleza? Essa semana quero trazer uma reflexão sobre a energia que nos move, literalmente, a eletricidade.

Uma das formas de energia mais presentes na natureza, desde impulsos elétricos que percorrem nossos corpos até grandes descargas elétricas em meio às tempestades. Algo tão abundante e natural que deveria ser a principal fonte de energia em nossas vidas… Ops, já é a principal fonte de energia.

A eletricidade é tão abundante que é muito comum associarmos energia à eletricidade, e não ligarmos às demais formas de energia, como eólica, hidráulica, mecânica, cinética e térmica. É a nossa amiga eletricidade que faz funcionar a maioria das coisas do nosso dia a dia.

Sendo assim, por que não utilizar a eletricidade como principal fonte de energia em nosso sistema de mobilidade? Parece coisa nova, mas a eletricidade e a mobilidade já andam juntas desde antes do primeiro veículo ser equipado com um motor à combustão.

O título de primeiro veículo a combustão pertence à invenção do austríaco Siegfried Marcus, datado de 1870. Ele era bastante rústico, mas contava com um motor movido a combustão interna. Entretanto, em 1828, Ányos Jedlik, um engenheiro e físico húngaro, inventou o primeiro motor elétrico, o qual usou para construir o primeiro carro movido a eletricidade.

O ponto principal desse texto é trazer a discussão de como o uso de um veículo elétrico é democrático e libertador simplesmente por dar a oportunidade a cada um produzir sua própria energia.

Vejam, desde pequenos somos desafiados com projetos científicos para produção e condução de eletricidade. Quem nunca viu ou participou de um projeto escolar que a eletricidade era produzida com limões ou batatas? Não distante disso, ainda temos experimentos com cata-ventos e tantas outras invenções para transformar o movimento em eletricidade.

Pode ser pouca coisa, todavia começamos pequenos e aumentamos as brincadeiras para escala industrial. Inclusive, dificilmente você verá algum projeto de robótica, tão comum nas escolas de hoje, desassociado de um motor elétrico e uma pequena placa de energia fotovoltaica.

Tenho um grande colega, Macedo, que levou a mobilidade elétrica a um nível impressionante no Brasil, viajando do Norte do Mato Grosso (mas bota Norte nisso) até o Sul de Santa Catarina com um BMW i3. Antes mesmo de comprar seu primeiro carro elétrico, o Macedo já havia instalado placas de energia solar com capacidade de alimentar a casa dele e de pelo menos mais dois vizinhos.

Foi apenas depois de notar o potencial de produção de eletricidade que ele tinha logo acima de sua cabeça que acabou comprando o primeiro carro elétrico. Garanto que não é pouco o que Macedo roda. Corta o estado do Mato Grosso diversas vezes para atender a clientes sem gastar um centavo com gasolina nem com eletricidade.

O Brasil é conhecido como referência em produção de energia limpa e renovável, com percentual superior a 84% e tendência de aumento através de fazendas solares e campos de energia eólica. Há pouco tempo foi dado o primeiro passo para exploração de energia eólica offshore (em alto mar). Com uma costa tão ampla, faz todo o sentido aproveitar para a produção de energia elétrica.

Mais um ponto para se pensar: a conta de eletricidade aumenta em qual momento? Quando se faz necessário ativar as termelétricas. Se é tão caro produzir energia através da queima de combustíveis (gás, carvão, óleo, etc..), por que vou desejar fazer o mesmo com meu meio de transporte cotidiano? Vide que os principais transportes de massa nos centros urbanos já usam eletricidade há décadas, como trens, ônibus, trólebus, monotrilhos e bondes. Somos o país da energia limpa, deveríamos ser o país do transporte limpo também. 

Ah, mas se toda frota nacional for convertida para elétrica, isso irá gerar um apagão no Brasil. Se você pensa assim, vou trazer alguns pequenos detalhes:

  1. Não há oferta de veículos elétricos para substituição a curto prazo. Logo a migração será feita de forma que não haja um impacto tão profundo, mas constante o suficiente para justificar a preparação de nosso sistema de transporte .
  2. O motor elétrico é mais eficiente que o motor a combustão. Dessa forma, precisa de menos energia para rodar a mesma distância.
  3. Se você já não vê todos os carros à combustão parando para abastecer ao mesmo tempo, o que leva a pensar que com o carro elétrico será diferente? Lógico que a tendência é que todos queiram carregar seus veículos em casa, à noite, enquanto dormem. Mas é possível criar políticas de incentivo para carregamento fora do horário de pico.
  4. Com a possibilidade de produzir o combustível da própria frota, que empresa não vai querer a própria fonte de energia limpa em seu telhado? Ainda trago à lembrança nosso amigo Macedo. Mesmo as pessoas físicas possuem essa alternativa. E quando você produz eletricidade em casa, ajuda inclusive o vizinho que não tem carro elétrico porque adora o cheiro de diesel pela manhã. A produção excedente da energia fotovoltaica é lançada na rede e acaba somando à energia distribuída pelo sistema nacional.

Ainda acha muito remota a possibilidade de você produzir sua própria energia elétrica? Então, meu caro leitor, saiba que com algumas placas de energia solar você conseguirá produzir um 1kWh de energia elétrica muito antes de conseguir produzir seu primeiro litro de gasolina em casa.

Caso tenha curiosidade em como iniciar sua migração para o mundo da mobilidade elétrica e da produção de energia solar, pode me escrever. Seria um prazer te indicar empresas que poderão tornar seu projeto em realidade.

Até mais…

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