A BMW tem pressa de entrar na onda a favor dos crossovers, apesar da maré agitada do mercado automotivo em crise.  Por isso, acaba de trazer da Alemanha a nova geração do X1 , que está disponível nas lojas por preços que partem de R$ 166.950 ( sDrive20iGP ), passam por R$ 179.950 ( sDrive20i X-Line) e chegam a R$ 199.950 ( xDrive25i ). 

Entretanto, já no mês de que vem, o carro passará a ser nacional e flex, ao contrário do modelo importado, movido apenas a gasolina, cuja única vantagem é de contar com o sistema Stop-Start funcionando o tempo todo, uma vez que, com etanol, o dispositivo fica inoperante por causa do risco da lubrificação ser prejudicada com apenas o biocombustível no tanque, de acordo com Emílio Paganoni, gerente de treinamento da marca no País.

De qualquer forma, ficou claro que o que já era bom conseguiu se aperfeiçoar. Agora o X1 é feito sobre a nova base UKL (nível de entrada, em alemão), que garante melhor rigidez torcional e mais espaco interno com redução de peso (nas versões a diesel, não disponíveis no Brasil, a dieta baseada em alumínio e aços modernos retirou até 135 kg do carro). Claro que isso também acaba contribuindo com a economia de combustivel e com a agilidade em qualquer situação, como foi comprovado durante as primeiras impresões ao dirigir em trechos tanto de asfalto quanto de terra.

Não se esqueceram de incluir estradas estreitas e sinuosas para conferir o acerto do conjunto do xDrive25i com tração integral e que transmite 60% da força do motor para as rodas da frente e 40% para as de trás se não acontecer nenhum imprevisto. De acordo com as condições de aderência e com o traçado da pista isso pode variar. Na prática, o efeito final é uma estabilidade elogiável com leve tendência de sair de traseira em mudanças rependinas de trajetória, mas nada que os vários sistemas eletrônicos não consigam corrigir. No caso do xDrive20i , a tração é apenas dianteira e, no limite de aderência, o carro tende a sair de frente.

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Ao pisar no acelerador você vai encontrar uma boa dose de fôlego, independente da versão escolhida. Mas na topo de linha, de 231 cv, o ronco do motor 2.0 turbo chega a empolgar, assim como o funcionamento rápido e preciso do câmbio automático de oito marchas, que pode ser usado com ajuda das hastes atrás do volante para uma tocada mais animada.  Também causa boa impressão o interior bem resolvido, com commandos sempre ao alcance das mãos e fáceis de serem acionados, bem como a visibilidade (inclusive dos retrovisores) e o acabamento caprichado.  Ajustar a posição de dirigir ideal é facilitada por todas as regulagens necessárias. As dos bancos, inclusive, têm acionamento elétrico.

Por conta da nova plataforma, o X1 ganhou 53 milímetros e 23 mm nas medidas de altura e largura, respectivamente, em comparação ao modelo anterior.O espaço para quem viaja atrás também foi ampliado e, agora, o vão entre as pernas e o encosto dos bancos dianteiros conta com 74 mm a mais de distância. O porta-­malas seguiu esta mesma tendência e passa a dispor de 505 litros de capacidade, podendo alcançar 1.505 l com os bancos traseiros rebatidos.

O pacote de itens de série conta com sistema de navegação com tela de 6,5 polegadas, e agora vem com serviços de concierge, informações de trânsito em tempo real, chamada de emergência inteligente e BMW TeleServices. O modelo inclui também sensores de estacionamento traseiro e de chuva, com acionamento automático dos faróis baixos, e rodas de liga leve aro 18. A versão sDrive20i X­Line ganha teto solar panorâmico, bancos elétricos, espelhos rebatíveis e fechamento do porta-­malas eletrônico. O xDrive25i Sport , por sua vez, também conta com rodas aro 19" e Som HiFi.

Apesar de ter perdido um pouco o jeito de perua, com um vão livre do solo ligeiramente maior (19,4 cm ante 17,9 cm anteriormente), o X1 ficou com aspecto mais moderno e robusto, ajudado por detalhes como os faróis e lanternas que usam LEDs no lugar das lâmpadas convencionais, vincos salientes na carroceria e uma linha de cintura que vai subindo em direção `a traseira. Sem dúvida, o X1 se sai bem diante dos rivais (entre os mais Audi Q3 e Mercedes-Benz  GLA ), inclusive em relação ao preço,  mesmo com os aumentos de cerca de 13% nas duas primeiras versões com tração dianteira.

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