Pioneira na oferta de carros híbridos no Brasil, a Toyota está bem interessada em apostar ainda mais nesse segmento, com a chegada da quarta geração do Prius ao País. O híbrido será vendido por R$ 119.950 (R$ 2.340 mais caro que os R$ 117.610 da versão anterior) e vem para tentar mudar um pouco o panorama nacional dos carros verdes – a estimativa da marca é que apenas 0,14% dos automóveis por aqui sejam híbridos.
Enquanto aqui o segmento vai a passos de tartaruga, lá fora é um sucesso. A Toyota já vendeu 9 milhões de híbridos, 5,7 milhões deles são da família Prius . Um bom resultado para uma fabricante que quer, até 2050, ter uma frota composta inteiramente de veículos limpos – híbridos ou movidos a hidrogênio. “O Brasil é muito importante para a Toyota e reafirmamos nosso compromisso de trazer a tecnologia híbrida ao país”, diz Steve St. Angelo, CEO da Toyota para América Latina e Caribe.
A quarta geração do Prius é importante para este plano. Por R$ 119.950, é o híbrido mais barato do país. Seu concorrente mais próximo é o Ford Fusion Hybrid , por R$ 149.900. Vem importado do Japão, por enquanto encerrando os planos de produção nacional - a marca havia anunciado que iria montar a geração anterior em São Bernardo do Campo por CKD (a maioria das peças vem de fora e apenas montam o veículo aqui).
O que torna o Prius tão atrativo é o fato de ser um híbrido puro. Enquanto os híbridos plug-in possuem uma autonomia específica para o modo elétrico, ditado pela bateria, o Prius tem um motor ligado a uma bateria de menor capacidade, mas que é recarregada a todo momento com a recuperação de energia cinética, como por exemplo vinda das rodas e da frenagem.
Essa energia movimenta o motor elétrico de 72 cv e 16,6 kgfm de torque, utilizado quando está em baixa velocidade (a até 50 km/h). Acima disso, entra em ação o motor 1.8 a gasolina de 98 cv e 14,2 kgfm, desenvolvido para alcançar a eficiência térmica máxima de 40%. Combinados, geram 123 cv e fazem o Prius acelerar de 0 a 100 km/h em 11 segundos e trabalham com um câmbio CVT.
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O Inmetro já testou o carro para o programa brasileiro de etiquetagem veícular. O resultado foi um rendimento de 18,9 km/l na cidade e 17 km/l na estrada, desempenho que tornam o Prius o carro mais eficiente do Brasil. “Esse valor foi obtido pela entidade, mas podem ter certeza que farão uma média muito melhor nas ruas”, afirma St. Angelo.
É no Prius que a Toyota estreia sua nova plataforma, a Toyota New Global Architecture (TNGA). Fizeram mudanças na construção, passando as baterias do porta-malas para a parte inferir direita do banco traseiro. Isso reduz o centro de gravidade, deixando o carro mais estável. Some isso ao coeficiente aerodinâmico de 0.24, um dos menores do mundo, e tem um veículo bem econômico e com bom desempenho.
Oferecido em versão única, o Prius vem com ar-condicionado digital de duas zonas, sistema multimídia com tela sensível ao toque de 7 polegadas, navegação por GPS, câmera de ré, recarga wireless para celular, luzes de LED nos faróis, laternas e luzes diurnas, sete airbags (frontais, laterais, dois de cortina e de joelho para o motorista), heads-up display colorido e controle de tração e estabilidade. O cluster utiliza a mesma tela TFT digital vista no Etios renovado e, outra polêmica, também fica posicionada no centro do painel.
iG Carros irá participar do test-drive do modelo pelas ruas de Brasília nesta manhã e, assim que possível, iremos publicar nossas impressões do híbrido.
*Viagem a convite da Toyota