À espera da nova geração, que está prevista para ser lançada no Salão de Paris (4 a 14 de outubro) e deverá chegar ao Brasil apenas em 2020, o Audi Q3 Black Edition (R$ 184.990) tem como novidade a possibilidade de vir com teto solar elétrico, porta-malas de abertura elétrica, sistema de som Bose e pacote de luz interior de LED, por R$ 17.000 a mais. Entretanto, segundo a fabricante, quem quisesse esses adicionais para um Q3 convencional, teria que desembolsar cerca de R$ 30.000 extras.
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Além disso, o Audi Q3 Black Edition, fabricado em São José dos Pinhais (PR), traz sua grife também no exterior, com as novas grades em colmeia, acabamento preto brilhante nos espelhos retrovisores e barras metálicas no teto. De resto, trata-se da versão Ambiente, que todos nós já conhecemos, desde a última reestilização, em 2014.
Primeira impressão
Frente a frente com o carro, não pude me esquecer de quando dirigi o Volkswagen Tiguan Allspace R-Line. Não porque eu achei os dois parecidos, ou que cada um tivesse suas qualidades particulares, pelo contrário.
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Apesar de partilharem a mesma plataforma modular MQB, no Audi senti falta do motor 2.0 TFSI, dos diversos sistemas de segurança, do cluster digital, do sistema multimídia com Apple CarPlay e Android Auto, bem como da forma como você se acomoda no assento, que no caso do VW, parece a de um Passat. Falo isso tudo pois os dois custam quase o mesmo preço, com diferença de R$ 5.000 entre o Tiguan R-Line (R$ 179.990) e o Q3 Black Edition (R$ 184.990).
Ao volante, o contraponto
Sem querer poetizar sobre os carros “serem como seres humanos”, para mim, um bom carro tem que se comunicar sensorialmente com quem o dirige; tanto ao volante, quanto em como nos sentimos a bordo. O Audi Q3 consegue passar a sensação de que você está em um carro seguro, muito bem construído, ágil e robusto. A partir daí, nota-se a sua “personalidade” sóbria e madura.
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Ao mesmo tempo que se magina esse carro a uns 200 km/h em uma Autobahn (sem limite de velocidade, em alguns trechos) com bastante segurança e conforto, no Brasil , o Q3 lida com a péssima qualidade dos nossos asfaltos com tranquilidade. Quanto aos ruídos externos, se na cidade o ruído do motor dos caminhões não entra, nas rodovias o vento nem chega a soar como uma brisa. Brinco que o interior dos Audi são tão silenciosos que parece que há somente vácuo do lado de fora.
Se ao volante do Tiguan a sensação é de estar em um sedã, o Q3 remete mais a um SUV propriamente dito. A calibragem da suspensão do Audi é um pouco mais dura, mas não deixa de ser confortável. O resultado disso é um carro equilibrado, fácil de dirigir e que chega a transmitir uma sensação de amparo ao volante.
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Apesar do Q3 já merecer novidades, não dá para dizer que o carro vem pouco equipado. A unidade avaliada veio com acabamento interno de alumínio, computador de bordo com tela colorida, teto solar panorâmico (o “Open Sky”), abertura e fechamento elétrico da tampa do porta-malas, pacote de luzes, teto interior na cor preta e sistema de som Bose.
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Apenas detalhes discretos antes da chegada da nova geração, o que deve acontecer apenas em 2020 no Brasil
Além disso, tal como na versão de básica Ambiente, a Black tem seis airbags, rodas de liga leve aro 17, faróis com lâmpadas de xenônio com ajuste automático de altura, rodas de liga leve de 18 polegadas de diâmetro, bancos de couro sintético, computador de bordo, sensores de luz e chuva e volante esportivo com trocas de marcha, assistente de partida em rampa, controle eletrônico de estabilidade, freio de estacionamento eletromecânico e sensor de estacionamento traseiro.
Por fim, a versão especial conta com lanternas traseiras de LED, banco elétrico do motorista, pacote de iluminação, ar-condicionado dual zone, sensor de estacionamento dianteiro, controle de cruzeiro, rebatimento elétricos dos retrovisores, sistema de condução Audi Drive Select, retrovisor eletrocrômico, barras no teto na cor prata e soleira das portas de alumínio.
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Você viu?
O Audi Q3 acelera de 0 a 100 km/h em 8,9 segundos e atinge 204 km/h, de acordo com números da fabricante. Além disso, ainda segundo a marca alemã, o carro faz 6,9 km/l (etanol) e 10,2 km/l (gasolina) na cidade, números que passam para , 9,1 km/l e 11,9 km/l na estrada, respectivamente. Para um SUV, esses dados são dignos de uma marca premium, uma vez que são similares a carros bem menores, como os hatches médios.
Veja a ficha técnica a seguir:
Preço: a partir de R$ 184.990
Motor: 1.4, quatro cilindros, flex
Potência: 150 cv
Torque: 25,5 kgfm
Transmissão: Automático de dupla embreagem, banhada à óleo, de 6 marchas e tração dianteira
Suspensão: McPherson na dianteira e Multibraços na traseira
Freios: Quatro freios à disco com os dois dianteiros ventilados
Pneus: 235/50 R 18
Dimensões: 4,38 m de comprimento / 1,83 m de largura / 1,60 m de altura e 2,60 m de entre-eixos
Tanque : 64 litros
Porta-malas: 460 litros
Consumo: 6,9 km/l (cidade) e 9,1 km/l (estrada) (E)/ 10,2 km/l e 11,9 km/l (G)
0 a 100 km/h: 8.9 segundos
Vel. Max: 204 km/h
Peso total: 1405 kg