Quem vê a nova Mitsubishi L200 Triton Sport por fora pode achar que se trata de uma nova geração, mas este não é o caso. Montada em Catalão (GO), a picape ganhou o mesmo design do modelo tailandês e agora tem um “rosto” compatível com o resto do mundo. A partir de agora, o modelo passa a custar R$ 188.990 na versão GLS; R$ 212.990 na versão HPE e R$ 232.990 na HPE-S.
A identidade visual “Dynamic Shield” deu linhas mais robustas e agressivas à picape, que agora tem faróis mais estreitos com assinaturas em LED (na versão HPE-s) e grade frontal com acabamento metálico. Na traseira, a Triton perdeu a lanterna característica que se estendia pela lateral. É possível afirmar que ela está mais parecida com as rivais neste ângulo.
O habitáculo ganhou sistema de captação de ar para simular saídas para os ocupantes do banco traseiro. Uma entrada que fica acima da cabeça do motorista direciona o ar-condicionado aos passageiros, que podem até mesmo escolher a intensidade da ventilação. É um recurso interessante, mas não substitui uma terceira zona. O ar-condicionado digital passa a ser item de série na L200.
A central multimídia da JBL tem compatibilidade com smartphones via Apple CarPlay e Android Auto, mas a qualidade do som não enche os olhos. O painel é montado em plástico de boa qualidade, com detalhes em preto brilhante e acabamento que lembra aço escovado.
A versão que testamos, a HPE-S (R$ 232.990) tem sete airbags, leitor de saída de faixa, alerta de ponto-cego e sistema de frenagem de emergência. Além disso, a Mitsubishi adicionou um sistema que previne colisão em uma aceleração involuntária. Ótimo recurso para quem mora em prédio e já avançou contra o carro do vizinho.
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A melhor forma
Percorremos cerca de 230 km pelo interior de São Paulo para avaliar a L200 em todos os tipos de terreno. Mesmo depois que a chuva muito aguardada decidiu cair na região de Atibaia (SP), a “bruta” se mostrou muito versátil. Apesar de manter o motor 2.4, turbodiesel, que rende 190 cv a 3.500 rpm e 43,9 mkgf a 2.500 rpm, a grande sacada está no câmbio automático. Antes eram cinco marchas, agora são seis.
Na cidade, a Triton parece um automóvel. O bom isolamento acústico impede que o som do motor a diesel tome a cabine. A posição de dirigir também agrada, garantindo muita visibilidade ao motorista, e o raio de giro de 5,9 metros facilita manobras em ambientes apertados. No uso rodoviário, a boa escalonagem das marchas – mais curtas da primeira à quinta – deixam a Triton bem esperta em retomadas.
Acima de 110 km/h, o câmbio automático dá preferência pela sexta marcha. O giro cai para rotações em torno de 1,2 mil rpm, reduzindo o barulho do motor e o consumo de combustível. Segundo o Inmetro, a L200 pode aferir 10,1 km/l na cidade e 13,2 km/l na estrada.
Habitat natural
A Triton tem um seletor para trações 4x2, 4x4 e 4x4 reduzida. Como complemento, o motorista poderá escolher o tipo de terreno que está enfrentando no off-road (cascalho, lama, areia) para melhorar a performance e a aderência da picape. Nas trilhas mais fechadas e íngremes, o assistente de descida controla o freio para enfrentar os desafios mais complexos.
A Mitsubishi L200 Triton Sport encontrou sua melhor forma na linha 2021. O destaque fica por conta do câmbio automático, que demonstrou muita versatilidade na terra e no asfalto. O pênalti é integrar apenas dois airbags na versão GLS.
Vale lembrar que o modelo anterior continuará à venda nas lojas da Mitsubishi, com preços entre R$ 151.990 e R$ 208.990. O modelo terá uma versão para frotistas e quatro para pessoa física, com opção de câmbio manual.