
A Renault iniciou nesta terça-feira (07) a produção do SUV Boreal no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR). A unidade será a primeira do mundo a fabricar o modelo, que faz parte do plano internacional 2024-2027 e abastecerá 17 países da América Latina.
O Boreal, apresentado mundialmente em julho em São Paulo, é o quarto veículo da nova fase da Renault, após Kardian, Duster e Grand Koleos.
O investimento no desenvolvimento e industrialização do SUV soma R$ 2 bilhões, segundo a montadora, dentro de um ciclo de R$ 5,1 bilhões previsto até 2025.
O início da produção contou com a presença de executivos do grupo, entre eles Thierry Charvet, vice-presidente de Indústria, Qualidade e Supply Chain, e Ariel Montenegro, presidente da Renault do Brasil.
O Complexo Ayrton Senna, reconhecido pelo Fórum Econômico Mundial como referência em Indústria 4.0, utiliza inteligência artificial, gêmeos digitais, impressão 3D e veículos autônomos no processo produtivo, conforme informou a empresa.
De acordo com a montadora, o complexo é o primeiro da América Latina a produzir 100% da energia consumida a partir de fontes fotovoltaicas.
A planta mantém ainda política de aterro zero desde 2016 e preserva cerca de 40% de sua área como mata atlântica nativa.
Design e motorização
O Boreal adota linhas robustas, com capô elevado e grade na cor da carroceria. O interior traz o painel duplo openR, composto por telas de 10 e 10,1 polegadas.
O SUV utiliza a plataforma modular Renault Group Modular Platform (RGMP) e estreia no Brasil o sistema Google Automotive Services.
O conjunto mecânico é formado por motor 1.3 turbo flex TCe e câmbio automático de dupla embreagem EDC de seis marchas.
O lançamento comercial no Brasil está previsto para 2025, com exportações para a América Latina, Turquia e outros mercados a partir de 2026.
A produção inicial deve atender exclusivamente à região latino-americana, segundo a fabricante.