O ano de 2016 também foi péssimo no setor das motocicletas. De acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), a produção de motos no Brasil caiu de 1.262.708 para 887.653 unidades, um recuo de 29,7%. O retrocesso fez com que a fabricação voltasse ao mesmo patamar que em 2002. Ainda assim, a associação acredita que 2017 terá leve melhora.
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“O segmento de motocicletas sofreu com as incertezas da política durante todo o ano de 2016”, explica Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo. O mesmo argumento foi utilizado por executivos do setor automotivo, relacionando o clima político com a indefinição da economia brasileira e falta de confiança do consumidor – sem ter certeza de que vai ter dinheiro, o cliente prefere não gastar.
Se depender do mercado nacional, as coisas continuarão ruins. Ao longo de 2016, as vendas em atacado caíram 27,9%, com 858,1 mil unidades negociadas. Mesmo as exportações não ajudaram tanto assim as fabricantes, recuando 14,6%, o que representa 59 mil motos brasileiras vendidas a outros países.
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Estabilidade em 2017
A perspectiva da Abraciclo para 2017 é de um otimismo cauteloso. “Diante de um mercado mais cauteloso, para 2017, o setor projeta atingir resultados semelhantes ao do ano anterior, mantendo-se estável”, afirma Fermanian. Essa estabilidade, em números, seria de um leve crescimento de 2,5% na produção, alcançando a marca de 910 mil unidades, puxadas pela exportação, que devem crescer 57,6% e chegar a 93 mil veículos.
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Se a produção de motos deve melhorar em 2017 por causa da exportação, o cenário da Abraciclo para o mercado nacional é mais pessimista. Esperam por mais uma queda de 1,1% nas vendas no varejo, alcançando 890 mil unidades. Pior ainda para os negócios em atacado, onde a redução prevista é de 3,8%, para 825 mil unidades – lembrando que essa quantidade envolve motocicletas importadas.