Santa Fé sob novos ângulos
Eduardo Rocha
Santa Fé sob novos ângulos

Cada um no seu quadrado

Nova geração do Hyundai Santa Fe traz estética futurista, mais espaço e muita tecnologia

por Marcelo Palomino

Autocosmos.com/Chile

Exclusivo no Brasil para Auto Press

A quinta geração do Hyundai Santa Fe, um dos modelos mais importantes da marca coreana, foi oficialmente apresentada em agosto e agora começa a chegar ao mercado norte-americano. Uma novidade dessa nova geração, é a variante XRT, com foco no off-road. Essa nova vocação é reforçada por um visual futurista, que traz detalhes rústicos, que aproxima o SUV sul-coreano de outros veículos off-road consagrados, como Land Rover Defender e Jeep Wrangler. O modelo, que é produzido tanto na Coreia do Sul quanto nos Estados Unidos, vai desembarcar em diversos países sul-americanos no início de 2024, mas não tem ainda qualquer previsão de chegar ao mercado brasileirio – até pelas relações pouco fraternais entre a Hyundai do Brasil e a Caoa, que detém os direitos de importação dos modelos da marca.

Na apresentação, a Hyundai afirmou que o novo SUV foi concebido de dentro para fora e de trás para a frente, de forma a dar muito mais relevância ao espaço interior e ao conforto dos passageiros, com configurações para cinco, seis ou sete passageiros. Ainda assim, esta quinta geração do Santa Fe é apenas um pouco maior que o antecessor. O modelo ficou 4,5 cm mais longo, com 4,83 metros, manteve a largura de 1,90 m, ganhou 1,5 cm na altura, com 1,72 m, e tem um entre-eixos ampliado em 5 cm, com 2,82 m. A capacidade de carga vai de 60 litros, com sete acentos disponíveis e 725 litros com apenas cinco lugares.

A estratégia da Hyundai com esta geração foi começar no porta-malas, fazendo deste local o núcleo do novo Santa Fé, permitindo que este espaço fosse utilizado como local de lazer. Pelo mesmo motivo, a tampa da mala ganhou uma abertura maior e funciona como um telhado quando aberto. No interior, foram criados diversos espaços de armazenamento e o piso de carga fica nivelado quando a segunda e a terceira fileiras são dobradas.

Em termos de design, o novo Santa Fe é todo futurismo com a mistura perfeita de um formato bem quadrado como os SUVs de antigamente com toques modernos e atualizados. Há diversos elementos que usam a letra H como motivo estético. É o caso dos faróis de led, do acabamento inferior do para-choque, da grade e da lanterna traseira. A área dianteira do veículo traz algumas soluções para melhorar os fluxos de ar e, graças a isso, este SUV grande e quadriforme é capaz de entregar um Cx de apenas 0,29.

O capô é alto e plano, os arcos das rodas são bem definidos e há muitos elementos que protegem as partes inferiores. Quanto ao pacote exterior, apresenta rodas de 18 a 21 polegadas, 11 combinações de cores exteriores, incluindo dois tons terrosos muito marcantes. O teto mais alto ampliou o espaço para a cabeça na segunda e terceira filas – a última fileira, inclusive, é espaçosa o suficiente para acomodar adultos com relativo conforto. A forma retangular do modelo e a distância entre eixos estendida ajudam a alcançar mais espaço de acordo com seu novo e poderoso novo visual.

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Por dentro, os designers seguiram o conceito do exterior, com formas retas que enfatizam linhas horizontais e verticais. E o H está mais uma vez presente no design geral do painel, incluindo segmentos iluminados. Há também muitas mudanças inspiradas no Kia EV9, que embora seja um modelo de marca subsidiária da Hyundai, herda vários componentes que se encaixam mais do que bem, como o botão da transmissão na coluna de direção e o design de tela curva de grande formato.

Em relação aos equipamentos, há muitos recursos interessantes. Como as duas telas de 12,3 polegadas, uma para o painel de instrumentos e outra para o sistema multimídia, instaladas em painel curvo integrado. Há ainda um pequeno painel touch de 6,6 polegadas para controlar o ar-condicionado e logo abaixo duas estações de carregamento de telefone sem fio. Bancos dianteiros têm apoios laterais protuberantes, espelho interno digital, materiais ecológicos com materiais ecológicos, com aparência premium, bancos traseiros individuais na versão de seis passageiros. Isso além dos diversos recursos de assistência à condução (Texto com Marcelo Palomino, do Autocosmos.com/Chile, exclusivo no Brasil para Auto Press. Fotos de divulgação).

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Impressão ao dirigir

Requinte inesperado

A oferta mecânica da nova geração do Santa Fe nos Estados Unidos inclui tração H-Trac e transmissão automática de série. A versão testada é a híbrida, com um motor 1.6 Turbo a gasolina de 180 cv acoplado a um motor elétrico de 47,7 kW (65 cv). Ao todo, desenvolve uma potência total de 232 cv e um torque máximo de 37 kgfm, acoplado a uma caixa automática de seis velocidades.

Um dos pontos que esta nova geração mais evoluiu foi em relação a ruídos, vibrações e aspereza, indo de um SUV que permite filtrar ruídos aerodinâmicos, essencialmente, para um que tem um silêncio na cabine digno de um carro de luxo. Outras características do interior também aproximam este Hyundai do segmento premium como nenhum outro modelo fez até agora. Os bancos são extremamente confortáveis, o espaço interior é amplo, além do sistema de som de altíssimo padrão e toda a atmosfera de requinte.

Em movimento, é notável que a rigidez geral do veículo foi melhorada. Além disso, a direção ficou muito mais precisa e há um novo sistema de amortecimento de rigidez variável que permite um excelente conforto de condução em todos os tipos de superfícies. No final, tudo isso resulta em uma dinâmica mais consistente com a proposta do produto. O ajuste do chassi é muito bom e a suspensão consegue evitar movimentos mais amplos da carroceria. A direção tem algum peso e responde consistentemente com o tipo de modelo, mas é menos comunicativa que o desejável.

De volta ao trem de força, os 232 cv de potência são suficientes para responder com boas acelerações a cada exigência. O motor funciona suavemente e de forma muito progressiva, e o turbolag normalmente presente nesses motores a combustão é minimizado pela ajuda do motor elétrico. Quando se pressiona o pedal decididamente, a sensação de entrega é forte, pois há muito torque disponível. Mesmo que não seja muito eficiente, pois alcançou apenas 13 km/litro ‑ pouco para um híbrido.

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