A nova onda da BYD
Eduardo Rocha
A nova onda da BYD

Na linha do mar
SUV chinês Song Plus ganha o estilo Ocean e novo visual deve estrear no Brasil até o meio de 2024

por Jonatas Miranda

Autocosmos.com/México

Exclusivo no Brasil para Auto Press

Sem dúvida, a questão do consumo de combustível é um dos parâmetros mais importantes a serem levados em conta quando se vai escolher um automóvel atualmente. Principalmente porque a chegada de novas marcas, modelos e tecnologias mudou os parâmetros e precisa ser avaliada. Uma dessas novas tecnologias é DM-i, apresentada pela BYD no SUV médio híbrido Song Plus, que acabou impulsionado as vendas do modelo no mercado brasileiro – ele foi o mais vendido da marca chinesa no Brasil em 2023, com cerca de 7.500 unidades entre abril e dezembro. Acontece que em outros países, o modelo já roda desde 2020. Ou seja: com mais de três anos de mercado, já estava na hora de receber uma atualização de meia-vida. É o que acontece mundo afora com o Song Plus – chamado também de Seal U, como uma versão utilitária do sedã Seal.

Nessa atualização, o foco central foi mesmo o visual. Isso porque as linhas do SUV atualmente vendido no Brasil até destoam dos modelos mais modernos da marca, como os elétricos Dolphin e Seal (golfinho e foca em inglês) que seguem o estilo Ocean Face. O Song Plus com este novo visual deve chegar às concessionárias na marca entre o segundo e o terceiro trimestre de 2024. A aparência justifica o modelo ser conhecido como Seal U em outros mercados, pois a frente traz diversas similaridades com o sedã. Caso do capô que conecta o para-choque com o para-brisa com um arco perfeito, os faróis em forma de gota e um pequeno gancho na parte inferior e os frisos que remetem a guelras também estão presentes no Seal. Na traseira, as lanternas foram redesenhadas e estão mais baixas.

A parte mecânica, que foi o foco da apresentação da BYD no México, há diferenças em relação à versão vendida no Brasil, principalmente em relação à potência e torque. O motor a combustão é o mesmo 1.5 litro de quatro cilindros, mas aqui ele recebe um turbo, ausente na versão brasileira, que eleva a potência de 110 para 139 cv e o torque de 13,8 para 22,4 kgfm, em ambos os casos com câmbio CVT. Já o motor elétrico dianteiro perde potência, de 179 para 204 cv, mas ganha em torque, indo de 30,6 para 32,2. No final, a potência e o torque combinados que é liberado pelos módulos de controle dos motores ficam no mesmo valor: 235 cv e 40,8 kgfm. No modelo avaliado, ele conta com uma bateria de 18,3 kWh contra 8,3 kWh na versão vinda para o Brasil. Com isso, a autonomia no modo elétrico sobe de 110 km para 234 km.

No mais, o Song Plus continua oferecendo os elementos que dão um verniz de requinte ao modelo, como revestimento interno em couro sintético, teto solar panorâmico, tela da central multimídia de 12,8 polegadas flutuante e giratória, câmera 360º com simulação 3D, sensores dianteiros e traseiros e recursos ADAS, como piloto automático adaptativo com função Stop and Go, alerta de colisão frontal com frenagem automática de emergência, assistente de faixa, alerta de ponto cego, detecção para abertura de portas. No Brasil, o Song Plus está sendo oferecido por R$ 229.800, valor bem semelhante ao que é vendido no México, onde custa o equivalente a R$ 226 mil, mas já com a cara nova.

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Teste de campo

A BYD fez a apresentação dinâmica do novo Song Plus híbrido com uma missão embutida: completar um percurso de 114 km, em ambientes urbano e suburbano, com o menor consumo de combustível possível. A aferição seria no final do teste, com o reabastecimento. Ali interessava apenas o consumo, não o tempo. O time que menos abastecesse seria o vencedor. Tendo em conta que uma das características da tecnologia DM-i é precisamente priorizar a utilização do motor elétrico, a opção da nossa equipe foi usar apenas o modo elétrico.

Desta forma, durante o todo tempo na estrada, onde o motor de combustão daria suporte ao motor elétrico, o consumo seria mínimo. Com a retomada do trânsito da cidade, o sistema Song Plus voltaria ao modo elétrico. Com 74 km de teste, a unidade marcava um consumo médio de 25 km/litro! Mas dava para melhorado. Então, o otimismo deu o tom para a parte final do teste, que culminou em um posto de gasolina, justamente para fazer o reabastecimento oficial.

A nossa equipe foi simplesmente a última equipe a chegar à linha de chegada, mas como o tempo não estava na avaliação, havia grande expectativa. Mas, surpreendentemente, o consumo de 4,1 litros foi alto – o maior entre todas as unidades de teste. Houve equipe que reabasteceu apenas 3,1 litros! De qualquer modo, a média de 27,8 km/l ainda é excelente, bem lá BYD.

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