Jaecoo J7: off-road com estilo
Divulgação
Jaecoo J7: off-road com estilo

Novato na lama

Jaecoo J7, confirmado no Brasil neste ano, tem beleza bruta e é carregado de tecnologia

por Marco Robles

Autocosmos.com/México

Exclusivo no Brasil para Auto Press

Desde meados de 2023, a O&J anuncia sua chegada ao mercado brasileiro, o que foi reiterado nesta última semana de abril, no Salão do Automóvel de Pequim. A O&J é a empresa que vai controlar no Brasil as marcas Omoda, especializada em SUVs crossovers, e a Jaecoo, em SUVs off-road, lançadas mundialmente pelo Grupo Chery cerca de um ano atrás. E o modelo de estreia no Brasil será o Omoda 5 em duas versões híbridas leves e uma 100% elétrica, no terceiro trimestre deste ano. Na sequência, serão lançados dois modelos da marca de SUVs off-road: o J7, no último trimestre de 2024 e o J8, no primeiro trimestre de 2025 – os planos da empresa é lançar entre oito e dez modelos até o final de 2026.

Assim como o Omoda é um rebadged do Chery Tiggo 5X, J7 e J8 são, respectivamente, rebadged de SUVs da Chery, o Tiggo Tansuo 06 e o Tiggo 9, inéditos no Brasil – talvez por serem mais voltados para o mercado mais restrito do fora-de-estrada, não interessou à Caoa lançá-los por aqui. A estratégia de lançar a Jaecoo a partir do modelo menor J7 é a mesma que a marca adotou em outros mercados latino-americanos, como Argentina e México, onde foi avaliada a versão topo de linha, Refine, vendida pelo equivalente a R$ 222 mil – aproximadamente, preço do Jeep Compass 4X4.

Logo de início, chama a atenção o trabalho estético sofisticado, bem mais elegante do que normalmente exibem os SUVs de origem chinesa, que geralmente tendem a ser mais estridentes e chamativos, com logotipos enormes, plásticos que simulam fibra de carbono e detalhes em vermelho. A não ser pela inscrição J7 na traseira, aqui nada disso aparece. Pelo contrário, este SUV leva linhas de design mais próximas às de um modelo alemão ou britânico, muito sóbrio.

A enorme grade com barras verticais é acompanhada por dois grupos de luzes, os superiores contam com as luzes diurnas de led, um pouco maiores do que se vê nessa atual tendência de dividir o conjunto ótico em dois, a ponto de até se parecer que as superiores são as luzes principais. Abaixo, em dois níveis encontramos os faróis normais, abaixo dos faróis altos e na parte mais baixa do para-choque, e centralizados, os pequenos faróis de neblina. Todos contam com tecnologia full led, a mesma das lanternas, que replicam o impressionante padrão de bandeira quadriculada dos leds dianteiros diurnos.

As linhas retas conferem ao jipe um visual sólido e elegante, que é completado por um conjunto de rodas de alumínio de 19 polegadas, que mantêm o estilo discreto, com um design de turbina. Este SUV mede 4,50 metros de comprimento, 1,86 metro de largura, 1,68 metro de altura, com 2,67 m de entre-eixos. O porta-malas acomoda 412 litros na posição normal e 1.355 litros com o banco traseiro rebatido. O peso total é de e 1.643 quilos na versão avaliada, que é 100 kg mais pesada que versões mais simples, que não contam com tantos equipamentos nem com sistema de tração integral.

Todas as três variantes são alimentadas por um motor 1.6 litro turbo de quatro cilindros, que gera fazendo 197 cv de potência e 29,6 kgfm de torque, acoplado a uma transmissão automatizada de dupla embreagem de 7 velocidades. As outras duas variantes, a básica Elemental e a intermediária Inspire, têm tração dianteira, o que explica porque o consumo de combustível é maior na Refine por conta do All Wheel Drive.

Por dentro, o estilo clean e as linhas retas do exterior são mantidos. O console frontal é dominado por uma enorme tela multimídia de 14,8 polegadas (nas outras versões, a tela é de 13,2 polegadas), que espelha o celular através de Apple CarPlay ou Android Auto. Mas traz também um conjunto de aplicativos nativos, incluindo um navegador via satélite e Spotify. Embora os estofados sejam de couro sintético, eles são de boa qualidade e o design dos bancos dianteiros fazem parecer que se trata de um veículo muito mais caro. O restante da cabine é completado com bons materiais, incluindo inserções de alumínio e um sistema de som assinado pela Sony com quatro alto-falantes e dois tweeters.

O espaço para as pernas no banco traseiro é muito bom e pode acomodar três adultos, embora se o banco central não for usado, tem um apoio de braço para ser mais confortável. Ele também adiciona elementos de conforto como travas acionadas por aproximação, vidros e o teto solar que se fecham automaticamente no travamento do veículo e rigidez da direção configurável.

Um aspecto que a marca não economizou foi em relação à segurança. Além da estrutura de aço e os sete airbags, traz diversos sistemas de auxílio ao condutor, que vão desde os prosaicos controles eletrônicos de tração e estabilidade, freios com ABS, assistente de frenagem, distribuição eletrônica de frenagem e assistentes de subida e descida até um pacote ADAS bem completo. O Jaecoo 7 traz alertas para faixa, colisão, tráfego cruzado traseiro e de ponto cego, frenagem autônoma de emergência, controle de cruzeiro adaptativo, farol alto automático e ainda alertas incomuns como monitoramento de sinais vitais dos ocupantes do banco traseiro (Fotos de divulgação).

Primeiras impressões

Força refinada

O modelo de topo conta com sete modos de condução (Eco, Normal, Sport, Mud, Sand, Snow e Off-road), que elevam o nível da resposta dinâmica do Jaecoo J7, tanto em condução esportiva na estrada quanto em condições de asfalto molhado. Esse comportamento é resultado também da suspensão, com McPherson na dianteira e independente na traseira.

Esse é justamente um dos elementos que eleva o padrão do veículo, principalmente pela proposta de ser um off-road. Além de absorver muito bem as imperfeições do pavimento, o conjunto oferece muito conforto, mas também firmeza suficiente para que ser estável e se comportar muito bem na estrada. Toda a estrutura inferior do modelo é feita de aços de alta resistência, de diferentes calibres, o que deixa o veículo bastante sólido.

O motor se apresenta muito vigoroso e apresenta muito pouco com o turbolag, com boas arrancadas e retomadas. Claramente não é um SUV com vocação esportiva, mas não falta força em nenhuma fase da movimentação. Além disso, tem muito equilíbrio no manuseio, é estável e confiável, mesmo no caso de uma frenagem de emergência. No fim das contas, o J7 se mostrou agradável e funcional em todas as situações.

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