Um Plus a mais
Versão Plus do BYD Dolphin tem bom conteúdo e desempenho convincente
por Eduardo Rocha
Auto Press
A fortíssima versão Plus do BYD Dolphin, veio para dar um verniz, tanto esportivo quanto tecnológico, na imagem do hatch elétrico. Ainda assim, conseguiu ter um bom reflexo nas vendas, respondendo por uma em cada quatro emplacamentos do modelo (em abril, 376 das 1.619 unidades). Afinal, a versão tem atrativos bem consistentes, como o dobro da potência, quase 60% a mais torque, além de uma série de recursos de segurança e conforto, com uma autonomia 15% maior. Obviamente, este up grade tem um preço: o Dolphin Plus custa R$ 179.800, R$ 30 mil a mais que a versão standard GS .
A verdade é que para chegar ao valor da versão de entrada, a BYD realmente depenou o Dolphin GS. O modelo de entrada carece de itens prosaicos, como limpador do vidro traseiro e ajuste de profundidade do volante, ausências inesperadas em um carro de R$ 150 mil. Além desses itens, o Dolphin Plus adiciona confortos como bancos com aquecimento e ajustes elétricos, espelhos rebatíveis, teto solar panorâmico, apoio central no banco traseiro e carregador de celular por indução.
Esses equipamentos se juntam ao arsenal já razoável da versão GS, como chave presencial, ar-condicionado automático, vidros elétricos, câmera HD 360º, central multimídia com tela giratória de 12,8 polegadas com espelhamento de celular, navegador interno, três modos de condução, seis airbags, revestimento interno em couro sintético.
O maior ganho em equipamentos da versão Plus, no entanto, são os recursos ADAS adicionados. Na lista estão farol alto automático, piloto automático adaptativo, sistema de detecção de ponto cego, assistente de faixas, leitor de placas de velocidade, alerta de colisão e de tráfego cruzado dianteiro e traseiro com frenagem autônoma.
Já sob o capô, o hatch médio passa a dispor do mesmo conjunto propulsor do SUV médio da marca, o Yuan Plus. O motor elétrico render 204 cv e 31,6 kgfm e a tração é dianteira. Com este novo motor, o Dolphin passa a contar com uma relação peso/potência em torno de 8 kg/cv, índice digno de esportivos. O zero a 100 km/h é feito em apenas 7 segundos, com máxima limitada a 160 km/h.
Por conta do motor maior (e mais pesado), o pacote de baterias também foi aumentado em 30%, passando de 44,9 kWh para 60,5 kWh. Com isso, o peso do Dolphin Plus ficou 246 kg maior, chegando a 1.658 kg. Por isso mesmo, a autonomia não segue a mesma proporção, com um aumento de 13,4%, indo de 291 para 330 km, no ciclo PBEV do InMetro.
Para sustentar o maior desempenho, o Dolphin contou com algumas mudanças mecânicas, como homocinéticas reforçadas na frente e suspensão traseira multilink – mais precisas e eficientes que as barra de torção. Por conta do torque maior, as rodas de 16 polegadas com quatro furos dão lugar às de 17 com cinco furos. Os pneus 195/60 R16 saem para a entrada dos 205/50 R17.
Por fora, alguns itens diferenciam a versão Plus, Caso da pintura bicolor e os para-choques redesenhados, que aumentaram o modelo em 16 cm. As medidas ficam em 4,29 metros de comprimento, com 1,77 m de largura e 1,57 m de altura, com 2,70 m de entre-eixos. Apesar de não contar sequer estepe temporário (tem apenas um kit de reparo), a capacidade do porta-malas não é das maiores, com apenas 250 litros.
Primeiras impressões
Elétrico apimentado
O motor de 204 cv e 31,6 kgfm transforma o Dolphin em um animal feroz, contido apenas pelo traçado travado da pista do Haras Tuiuti, onde foi avaliado. As arrancadas e retomadas são daqueles de pressionar os ocupantes contra o encosto dos bancos. Nas curvas, o hatch médio se vale do peso concentrado na parte inferior do assoalho e da suspensão traseira multilink para se manter neutro. As rolagens são sutis, mesmo quando é forçado e em retas tem uma aderência consistente com a pista.
Por outro lado, o conforto no habitáculo foi ligeiramente sacrificado, por um acerto de suspensão mais rígido (mas necessário, dada a potência do modelo). Mas a cabine oferece bons recursos para amenizar a vida a bordo. Caso dos ajustes elétricos, ar-condicionado automático e a grande tela da central multimídia.
A decoração interna é interessante, buscando reforçar uma imagem de carro urbano e jovem. Os materiais, porém, deixam um pouco a desejar, principalmente pelo aspecto dos plásticos e do revestimento em couro sintético. Por outro lado, o espaço interno generoso e o teto solar panorâmico criam um ambiente bastante agradável, que justificam o sucesso do modelo.
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