BMW 330e: tudo junto
Eduardo Rocha
BMW 330e: tudo junto

Tradição combinada

330e une a precisão típica da BMW com a eficiência e praticidade de um híbrido plug-in

por Maurício Juarez

Autocosmos.com/México

Exclusivo no Brasil para Auto Press

Para a BMW, a dirigibilidade de seus carros está no centro das preocupações. Tanto que aqueles modelos que usam a plataforma de tração dianteira sejam vistos como BMW menores, sem o sabor característico da fabricante bávara. Mas se há um modelo que o sustenta muito bem toda a personalidade da marca, mesmo nas versões base, é o Série 3. Este sedã médio de 4,71 metros de comprimento segue uma história de sucesso e há alguns anos estreou versões com um trem de força híbrido plug-in, como o modelo avaliado. No Brasil, a versão 330e é vendida a partir de R$ 422.950.

Essa formulação, que combina motores a explosão e elétrico, tem sido apontado como a solução mais viável para a mobilidade. A variante PHEV do Série 3 é a versão mais potente entre os modelos sem perfil esportivo, com 292 cv de potência combinada, logo abaixo dos M (no Brasil, o modelo mais potente da gama é o M3, com 510 cv). O 330e mantém a atualização de design da atual geração do sedã e chega ao Brasil vindo da Alemanha. O design exibe uma frente elegante, mas com toques marcantes e ligeira pegada esportiva.

Esse toque agressivo é reforçado pelo formato dos faróis com sulcos afiados, um para-choque bem detalhado, rodas de 18 polegadas e várias linhas que dão bastante musculatura por toda a carroceria. É uma mistura de estilo, elegância e um pequeno toque de sobriedade, um carro com um design que amadureceu bem e ainda não foi afetado pelo estilo mais extrovertido que aparece em outras versão, inclusive a M3 já citada.

O Série 3 passou por uma forte atualização há menos de dois anos, que acabou rendendo ao modelo um interior mais atraente, com elementos frios e metálicos em diferentes áreas. Por um lado, no painel há o mesmo console com moldura curva que abriga duas telas, uma de 14,9 polegadas para a central multimídia, que traz o mais recente sistema operacional da marca, 8.0. A tela tem excelente definição, tem reações muito rápidas e é altamente personalizável.

No entanto, até seguindo uma antiga tradição da marca, alguns menus são um tanto complicados – mais até que na versão anterior da central. É preciso um tempo para ter familiaridade com os comandos para usufruir tudo que o sistema oferece. Já o espelhamento é simples, sem fio, através de aplicativos Apple CarPlay e Android Auto. informações de trânsito em tempo real e outros serviços que funcionam graças à sua conectividade com a internet.

O arsenal de equipamentos se estende a itens como ar-condicionado automático multizonas, bancos de couro sintético ajustáveis, teto solar, sistema de áudio hi-fi de 10 alto-falantes, iluminação ambiente configurável, freio de estacionamento elétrico, espelho eletrocrômico, painel de instrumentos digital de 12,3 polegadas, entre muitas outras coisas. Ergonomicamente não há queixas: a posição é confortável e relaxada.

Em termos de segurança, conta com seis airbags, freios ABS, controle de tração, controle eletrônico de estabilidade, câmera de ré e sensores dianteiros e traseiro, assistente de estacionamento e monitoramento da pressão dos pneus e diversos sistemas de assistência ao condutor em um pacote com controle de cruzeiro adaptativo, alerta de colisão com frenagem autônoma, farol alto automático, alerta de tráfego cruzado traseiro, monitoramento de faixa de rolagem, leitor de placa de velocidade etc.

O espaço no banco traseiro é justo para um carro médio, mas isso se deve principalmente à sua estrutura, já que é consequência da manutenção de um trem de força e plataforma que prioriza o manuseio com um esquema de motor longitudinal e tração traseira. Por esse motivo, o porta-malas e o banco traseiro são um pouco afetados. No entanto, no que diz respeito ao motorista, essa situação fica em segundo plano (Fotos de divulgação).

Impressões ao dirigir

Estilo e eficiência

Dirigir um BMW é uma experiência bastante específica. São carros que têm, por exemplo, direção um pouco pesada e bandas de rodagem firmes, que talvez não sejam ideais para quem procura o máximo conforto. Mas são características que tornam as sensações ao volante bastante envolventes. Dinamicamente não há nada a reparar, em relação a aceleração, retomadas e maneabilidade. A calibração dos freios é um pouco agressiva e é preciso dosar muito bem o peso no pedal. Mas é o tipo de coisa que faz parte do pacote.

O motor base é um 2.0 turbo de quatro cilindros, que rende 184 cv de potência e 30,6 kgfm de torque, auxiliado por um propulsor elétrico de 113 cv e 27 kgfm. Combinados, eles entregam 292 cv e 42,8 kgfm. A transmissão é automática de 8 marchas que entrega a potência apenas para o eixo traseiro. A velocidade máxima é de 230 km/h, enquanto no modo EV sua máxima é de 140 km/h. Aliás, o zero a 100 km/h é feito em apenas 5,8 segundos. A bateria é de 12 kWh, com 11,2 kWh líquidos, com permite percorrer até 50 km por carga de acordo com o otimista ciclo WLTP ‑ 37 km no padrão do InMetro.

Com esses números, não surpreende que a resposta do motor seja muito boa e rápida. Além disso, as mudanças entre o modo 100% elétrico e o uso do motor a combustão é pouco perceptível, graças ao bom trabalho de isolamento em todos os sentidos. Isso cria um interior bastante aconchegante, com espaço bem aceitável para quatro passageiros. Obviamente, a configuração sedã pode limitar o espaço interior e o conforto, se comparado ao SUV do Série 3, o X3, mas o ganho em estilo e dinâmica são bastante significativos.

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