Ganhos evolutivos
BMW Série 1, que chega ao Brasil em 2025, melhora a dinâmica e a eficiência
por Claudio Soranzo
Infomotori.com/Itália
A quarta geração da Série 1 é uma sequência natural de um dos modelos de maior sucesso da BMW em todo o mundo. Trata-se do compacto de luxo que estabeleceu novos parâmetros em relação ao prazer de dirigir no segmento. Nessa renovação, que começa a chegar ao mercado europeu neste mês de outubro, o modelo ganhou um design mais dinâmico, uma gama de motores completamente nova e uma tecnologia de chassis amplamente melhorada. Ou seja: o novo BMW Série 1 refinou ainda mais o perfil de veículo mais esportivo do segmento.
Os motores a gasolina e diesel ganharam em eficiência, alguns deles acompanhados por tecnologia híbrida leve de 48 volts – até para atender às normas de emissões cada vez mais rigorosas. Além disso, passa a contar com um processo de fabricação voltado para conservar recursos e reciclar materiais. A sanha renovadora também se reflete no interior redesenhado, uma gama expandida de recursos ADAS e um sistema de estacionamento automatizado.
Por fora, o Série 1 cresceu um pouco. Mais exatamente, 4 cm no comprimento e 2,5 cm na altura, e agora tem, respectivamente, 4,36 metros e 1,46 m. O entre-eixos, de 2,67 m e a largura, de 1,80 não foram alteradas. O modelo ganhou ainda iluminação em led adaptativo e toda a linha passa a dispor de novos pacotes de tecnologia. Todas as versões podem receber o sistema chamado de Assistente de Estacionamento Profissional, que permite que o estacionamento e as manobras sejam controlados via smartphone. O sistema de som é da Harman Kardon e a central multimídia, com Curve Display de 10,7 polegadas integrada ao painel digital de 10,3 polegadas e conexão sem fio.
Este novo BMW Série 1 será produzido na fábrica de Leipzig e foi apresentado com um teste dinâmico na fronteira entre a Lombardia e o Piemonte, na Itália, onde foi possível testar as muitas peculiaridades de duas versões a gasolina: a 120, com motor 1.5 litro turbo de 170 cv, e a topo de gama M135, com motor 2.0 turbo de 300 cv, ambos com sistema Xdrive, de tração integral. Dois modelos diferentes, mas que contêm o verdadeiro prazer de condução da marca bávara, com acelerações muito agradáveis, retomadas fortes ardentes (especialmente o M135), configuração precisa, direção responsiva e manuseio verdadeiramente premium.
Os propulsores do novo BMW Série 1 fazem parte da última geração de motores modulares do BMW Group e contam com uma transmissão automática Steptronic de 7 velocidades, com dupla embreagem de série. O motor a gasolina de 1.5 litro de 3 cilindros do novo BMW 120 promete um consumo combinado de 16,6 km/l de gasolina. A potência é de 170 cv e torque de 28,5 kgfm, sendo que o sistema híbrido de 48 v integrado ao câmbio, que incrementa 20 cv e 5,6 kgfm em momentos estratégicos, como em arrancadas, retomadas e aceleração inercial – o chamado sailing. A aceleração de zero a 100 km/h é feita em 7,8 segundos. Essa versão é a que provavelmente será trazida para o Brasil no início de 2025 para substituir a atual 118.
Já o novo M135 traz sob o capô o motor 2.0 turbo com quatro cilindros em linha, que gera 300 cv e 40,8 kgfm de torque. Ele é capaz de cumprir o zero a 100 km/h em 4,9 segundos, com consumo médio prometido de 12,4 km/l. O modelo conta ainda com rodas maiores – 18 em vez de 17 polegadas – e pode receber um pacote esportivo que inclui chassi M adaptativo, com suspensão com controle eletrônico que rebaixa o modelo em 8 mm. Visualmente, o M135 traz rodas escurecidas, entrada de ar na parte inferior do para-choque redesenhada e a grade bipartida com uma moldura em led.
O lançamento dessa quarta geração do Série 1 marca também os 20 anos de mercado. Em 2004, ela foi lançada para substituir o Série 3 Compact e brigar mais diretamente com o Audi A3, que dominava amplamente o segmento. De lá para cá, foram mais de 3 milhões de unidades vendidas, sendo que a Europa é de longe o maior mercado. No Brasil, pela proximidade de preço entre o Série 1 e o Série 3, ambas com preços iniciais em torno de R$ 330 mil, o hatch acaba com pouco poder de atração. Em 2024, emplacou em média apenas 5 unidades por mês.
Impressões ao dirigir
Controle absoluto
Nos 202 km da avaliação, o conjunto híbrido leve da versão 120 ofereceu uma condução extremamente silenciosa. O hatch da BMW entrega agilidade, precisão na direção e ótima dinâmica em curva, alcançadas através do aumento da rigidez da estrutura da carroceria e da pequena torção do chassi. Os suportes da barra estabilizadora também ganharam maior controle. A menor angulação das rodas dianteiras em relação durante o esterçamento ampliou a estabilidade e deixou a direção mais precisa e comunicativa.
Já a versão 135 oferece uma condução rápida, ágil e verdadeiramente sublime. Ele se mostrou capaz de oferecer uma experiência plena de prazer e de condução esportiva. Foi testado e aprovado em curvas feitas no limite, ultrapassagens instantâneas e esquivas repentinas, como quando alguém entra na via rapidamente, sem olhar. Com subidas e curvas enfrentadas em grande estilo, sendo abusado com o uso dos paddle shifts, o condutor logo entende este Série 1 como uma extensão biônica. A dificuldade maior foi mesmo devolver o carro no final do teste.
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