Visão de futuro
Novo T-Cross traz elementos dos próximos compactos da Volkswagen no Brasil
por Eduardo Rocha
Auto Press
Cada vez mais, a Volkswagen aposta na hibridização de sua linha. Não só na motorização, mas também no design. A segunda geração do SUV compacto T-Roc, que acaba de ser apresentado na Europa, traz na parte frontal diversos elementos típicos da linha ID, como a ausência de uma grade frontal entra os faróis, que assumem em forma de gota. Nessa nova composição, até mesmo a estreita barra em preto brilhante entre os conjuntos óticos foi eliminada. Esses elementos indicam o caminho que a nova linha de compactos da Volkswagen deve seguir na próxima troca de geração – T-Cross e Virtus em 2026 e Polo em 2027.
Essa aproximação das linhas faz parte dos planos de eletrificar os modelos da linha ICE – internal combustion engine, ou motor de combustão interna. Tanto o T-Roc quanto o novo Golf vão receber uma versão EV 100% elétrica a partir de 2028 e podem substituir os modelos correspondentes na linha 100% elétrica – no caso, o SUV compacto elétrico ID.3 e o hatch médio ID.4. Já não tem mais tanto sentido, em termos de custos, ter uma linha de elétricos totalmente separada.
O T-Roc foi totalmente remodelada e isso inclui o uso da plataforma MQB Evo, lançada em 2019 no Golf 8 e que também será usada nos próximos T-Cross, Virtus e Polo. Com ela, o T-Roc cresceu de forma significativa, especialmente no comprimento, que foi de 4,23 metros para 4,37 m, e no entre-eixos, que foi de 2,59 m para 2,63 m. Com essas novas medidas, a capacidade do porta-malas subiu 30 litros e chega a 475 litros, com a segunda fileira deslizante avançada – com ela recuada, fica em 405 litros.
Nessa primeira apresentação, a Volkswagen destacou apenas as versões do novo T-Roc com motorização híbrida leve de 48 V, baseado no propulsor 1.5 eTSI, com tração dianteira e dois níveis de potência: 116 cv e 150 cv. Ele propulsor é o mesmo que a marca vai passar a produzir no Brasil a partir do ano que vem para substituir o atual 1.4 TSI nos novos modelos que chegam ao mercado a partir do ano que vem.
Em um segundo momento, o T-Roc vai receber uma versão mais forte, com a estreia de um motor TSI 2.0 com sistema híbrido leve e tração integral. Como se trata de um motor inédito, não há uma definição da potência final, mas a expectativa é que fique perto de 230 cv. Todos os propulsores serão gerenciados por um câmbio de dupla embreagem e sete marchas.
Por dentro, o T-Roc segue a nova política da Volkswagen que aumentar o valor percebido de seus carros. Isso quer dizer que o acabamento e os materiais escolhidos transmitem uma imagem de maior qualidade, mesmo que não sejam necessariamente mais caros, com o uso de superfícies macias. Essa mesma percepção já ocorre novos modelos no Brasil, como é o caso do pequeno Tera.
Em relação aos equipamentos, no entanto, a qualidade extrapola a simples impressão. O T-Roc traz, por exemplo, uma tela para a central multimídia de 13 polegadas, haed-up display opcional e o sistema Park Assist Pro, capaz de memorizar os últimos 50 metros e fazer o caminho reverso automaticamente – o que ajuda muito em situações que o condutor entra em alguma espécie de beco sem saída.
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