
O softpower do Kwid e-tech
Elétrico da Renault ganha em tecnologia e design, mas mantém o preço
por Eduardo Rocha
Auto Press
O pequeno Kwid e-tech evoluiu. O subcompacto 100% elétrico da Renault ganhou um novo visual na frente e traseira, um novo interior e um incremento de tecnologias. Essas mudanças aumentam ainda mais a capacidade de atração do Kwid sem alterar o preço, mantido em R$ 99.990. O modelo vem em um crescente de vendas nos últimos anos. Ele passou da média mensal de 20 unidades mensais em 2023 para 70 em 2024 e entre janeiro e setembro de 2025 está em média de 120 emplacamentos por mês.
Nessa renovação, o visual do Kwid ganhou linhas bem modernas. Embora tenha mantido a mesma estrutura, todos os painéis da carroceria foram modificados. O modelo ganhou um design que com traços marcados, menos orgânicos. Na frente, a assinatura luminosa ganhou corpo e se alinha à nova grade, que traz uma trama vertical em relevo. Os conjuntos óticos continuam a meia altura no para-choque, mas agora em um cluster com moldura com linhas retas.
Na lateral, a linha de cintura alta ganhou um vinco bem marcado que percorre todo o perfil do modelo e liga o DLR na frente com as lanternas traseiras. As rodas de quatro furos ganharam um padrão mais geométrico também. Na traseira, as lanternas ficaram mais retangulares, com nova divisão das seções internas, e são contornadas em ângulos retos pelas bordas da tampa do porta-malas. Elas são conectadas por um painel em preto brilhante, com o mesmo padrão visual da grade dianteira. Aqui também os vincos retilíneos são dominantes. A impressão geral é de um carrinho robusto e simpático. Essas novas linhas, pelo menos por enquanto, não serão compartilhadas com a versão a combustão.
Por dentro, o Kwid o interior, homologado para quatro passageiros, recebeu alguns incrementos. Ele ganhou um novo console frontal, que segue o estilo mais geométrico da carroceria. O novo painel de instrumentos é digital e configurável com tela de 7 polegadas, semelhante ao do Kardian. A tela da central multimídia é bastante elevadas e tem 10 polegadas – quase um exagero para o tamanho do carro. O sistema oferece espelhamento sem fio através de Apple CarPlay e Android Auto.
Outro ganho nessa nova fase do Kwid e-Tech foi nos sistemas de segurança. O modelo conta agora com sensor dianteiros e traseiros, alerta de colisão com frenagem autônoma, monitoramento de faixa de rolagem, leitor de placas de velocidade, sensor de fadiga, câmera de ré e controle de cruzeiro.
A parte de motorização, por outro lado, não sofreu alterações. O modelo manteve o motor com 65 cv de potência e 11,5 kgfm de torque, que acelera o subcompacto de 965 kg de zero a 50 km/h em 4,1 segundos, de zero a 100 km/h em 14,6 s e vai até 130 km/h. Ele é alimentado por uma bateria de 26,8 kWh, capaz de proporcionar autonomia, no padrão InMetro, de 180 km/h, no uso combinado de cidade e estrada. A recarga pode ser feita e até 7 kWh em corrente alternada e 30 kWh em corrente contínua – modo que recupera de 20ª 80% da carga em 45 minutos.
Nas vendas, o Kwid tem mostrado um bom crescimento, mas ainda é pouco diante do potencial desse novo mercado de elétricos urbanos subcompactos. O Kwid é bem mais em conta que seu único rival direto, o BYD Mini Dolphin, que começa em R$ 115.800, mas nem mesmo as diferenças de autonomia e de potência – 280 km e 75 cv – justificam a distância nas vendas. O modelo chinês emplaca em média 1.900 unidades mensais. Ou seja: juntando preço, autonomia e potência, há um enorme potencial de crescimentos para o carrinho da Renault (Fotos de Rodolfo Buhrer, La Imagem).
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