Geely vai à luta
Eduardo Rocha
Geely vai à luta

Disputa elétrica

EX2 chega em novembro para esquentar o segmento de hatches compactos

da Redação

Auto Press

O Geely EX2 marca a entrada estratégica da montadora chinesa no segmento de hatches elétricos compactos, o que maior volume de vendas no Brasil. A ideia é rivalizar diretamente com modelos como o BYD Dolphin, que tem média de vendas de 1.150 unidades mensais, e fazer uma concorrência que até agora o GWM Ora 03 não conseguiu fazer, com seus 250 emplacamentos por mês. O EX2 chega com preços estimados entre R$ 140 mil e R$ 160 mil, mesma faixa dos rivais. A proposta da Geely é clara: oferecer um produto competitivo em preço, espaço e tecnologia, mirando a liderança no mercado nacional de elétricos.

A pretensão da Geely com o EX2 é baseada no sucesso de vendas na China, onde é chamado de Geome Xingyuan, liderou o ranking de elétricos por cinco meses consecutivos em 2025, com mais de 290 mil unidades vendidas no primeiro semestre. No Brasil, a Geely aposta na parceria com a Renault para uma rápida expansão da distribuição, em um acordo que prevê a produção local do modelo em São José dos Pinhais, no Paraná. A meta de alcançar 105 concessionárias ainda em 2025.

O EX2 se destaca por oferecer recursos que vão além do padrão do segmento. A central multimídia de 14,6 polegadas, posicionada horizontalmente, integra funções de conectividade, entretenimento e comandos por voz. O painel de instrumentos digital de 8,8 polegadas complementa a proposta de interior funcional. O modelo também conta com carregamento por indução para celulares e sistema de câmera 540°, que amplia a visibilidade em manobras, especialmente úteis em ambientes urbanos.

O design do EX2 segue tendências contemporâneas de estilo urbano com foco na funcionalidade. As linhas externas combinam aerodinâmica com elementos visuais como maçanetas embutidas e faróis afilados. Com 4,14 metros de comprimento, 1,80 m de largura e 1,57 m de altura, o hatch oferece proporções equilibradas. O entre-eixos de 2,65 metros garante bom espaço interno, especialmente para os ocupantes do banco traseiro, e o porta-malas de 375 litros supera o volume oferecido por concorrentes como o BYD Dolphin (345 litros). O frunk adicional de 70 litros amplia a versatilidade.

No interior, o acabamento privilegia a integração tecnológica e a ergonomia. Os comandos são concentrados na tela central, com interface intuitiva e suporte a comandos por voz. O carregamento sem fio e os sistemas de assistência ao condutor reforçam a proposta de um carro urbano voltado para motoristas conectados. A Geely também promete seis airbags, controle eletrônico de estabilidade, alerta de saída de faixa e frenagem autônoma de emergência como itens de série, alinhando o EX2 às expectativas de segurança do consumidor brasileiro.

Em relação à motorização, o EX2 oferece na China duas configurações elétricas. A versão básica tem motor de 78 cv animado por uma bateria de 30 kWh, com autonomia de até 310 km no ciclo chinês – ou aproximadamente 220 km pelo InMetro. Já a versão mais potente alcança 114 cv, conta com uma bateria de 40 kWh e pode alcançar até 400 km no ciclo chinês, ou cerca de 300 km no padrão Inmetro.

Com lançamento confirmado para a primeira semana de novembro, o Geely EX2 chega ao Brasil com a missão de consolidar a marca no mercado nacional. A combinação de preço, tecnologia, porte e vocação urbana coloca o modelo como um rival respeitável no segmento de elétricos compactos. A parceria com a Renault e a perspectiva de produção local reforçam o compromisso da Geely com o mercado brasileiro, sinalizando uma estratégia de longo prazo.

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