A energia do A6
Eduardo Rocha
A energia do A6

Linha de força

Audi A6 e-tron tem requinte e tecnologia embalados em um desenho esportivo

por Marcelo Palomino

Autocosmos.com/Chile

Exclusivo no Brasil para Auto Press

O novo A6 e-tron é o mais novo membro da linha elétrica da Audi, que está disponível no Brasil desde agosto. Seguindo a lógica minimalista da marca no país, chegou somente na carroceria cupê com quatro portas, chamada de Sportback, e apenas na versão Performance Black, com preço de R$ 649.990 – que sobe para R$ 669.990 com o único opcional disponível, retrovisores externos por câmera. Por aqui, ele briga com Mercedes EQE, BMW i5 e Porsche Taycan, com um desempenho bastante tímido: até final de novembro foram 13 unidades emplacadas.

Na gama da Audi, o A6 substitui o extinto A7, mas também recupera o nome que, por seis gerações, desde 1994, era vendido como sedã. Já o A6 e-tron traz a mesma estrutura usada no Q6 e-tron, o modelo elétrico da marca mais vendido no Brasil, com quem compartilha a Premium Platform Electric (PPE), desenvolvida em conjunto com a Porsche, baseada na MLB do Grupo Volkswagen. É uma plataforma escalável de 800 volts destinada a modelos intermediários e grandes, usando a mesma base, como o atual Porsche Macan EV e o próximo Cayenne EV.

Obviamente, a estrutura do A6 recebe também versões com diferentes motorizações, como a gasolina, diesel e híbridas, que trazem motor dianteiro. No A6 e-tron vendido no Brasil, há um motor traseiro que rende 367 cv de potência e 57,6 kgfm de torque, com câmbio de duas marchas e tração traseira. A bateria tem 100 kWh de capacidade, aceita carga de até 11 kWh de AC e 270 kWh em DC. A promessa é percorrer 6,6 km/kWh, o que daria uma autonomia de 660 km. Mas, no critério do PBEV, a autonomia oficial é de 445 km.

O modelo alemão, produzido em Neckarsulm, na Alemanha, tem 4,92 metros de comprimento, 1,92 m de largura e 2,94 m entre os eixos, enquanto o porta-malas comporta 502 litros. Ou seja: é quase tão grande quanto um A8 anterior e, por ser elétrico, é muito mais pesado, com 2.175 kg. O design é totalmente focado na eficiência aerodinâmica, com um coeficiente pouco superior a 0,21 Cx, com muitos elementos trabalhados como carenagens, grade, parte inferior do para-choque, maçanetas alinhadas com a carroceria, cortinas de ar em ambos os para-choques e até mesmo silhueta pronunciada.

No interior, o A6 e-tron replica a proposta do Q6 e-tron, com toques de luxo e design pensado no motorista. O MMI Panoramic Display se destaca, com duas telas unidas numa mesma moldura curva para o painel de instrumentos e central multimídia. Uma terceira tela de 10,9 polegadas fica localizada à frente do carona dianteiro, com funções separadas da central.

Para o condutor, há ainda o head-up display com realidade aumentada. Outra tecnologia, já apresentada no A5, é teto panorâmico fotocrômico, que permite bloquear ou liberar parcialmente, por faixas, a passagem de luz.

Impressões ao dirigir

Dinâmica em equilíbrio

Conduzir um modelo como o A6 e-tron Performance nas estradas da Califórnia é quase um desperdício de seus 367 cv, pois não é possível explorar a esportividade por conta da intensa vigilância rodoviária. Claro que acelerações e suporte nas curvas exibem algumas qualidades dinâmicas do modelo. Os destaques ficam com os freios, a direção e a qualidade da suspensão. Este Audi A6 e-tron se destaca pelo equilíbrio, pela qualidade de condução e pela facilidade de dirigibilidade. Obviamente, é um carro confortável.

Mas fica claro que a nova arquitetura de PPE é o aspecto mais impressionante do modelo. Ela proporciona a rigidez certa, distribuição perfeita de peso e uma sensação de dirigibilidade excelente, que se encontra no novo A6 e-tron. Além disso, há direção e freio comunicativos, com uma sensação bastante natural. E isso sem contar o isolamento acústico e a qualidade de condução de um sedã representativo.

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