Depois que a Audi lançou a versão nacional do A3 Sedan passou a complicar a vida dos sedãs médios topo de linha, entre os quais Toyota Corolla Altis , Honda Civic EXR e Chevrolet Cruze LTZ . Logo quando começou a ser vendido, conseguiu ser oferecido por um preço competitivo (R$ 99.990), mas agora que passou a custar R$ 106.990 e já está numa faixa de preço ligeiramente acima dos principais rivais. Mesmo assim, ainda tem um conjunto melhor que o dos concorrentes, apesar as mudanças adotadas em relação `a versão importada da Hungria.
O emprego do câmbio automático Tiptronic, de seis marchas, no lugar do S-Tronic, com dupla embreagem e funcionamento mais rápido e preciso, foi uma delas. Outra fica por conta da suspensão traseira mais simples e disposta a enfrentar o piso mal conservado da maioria das vias brasileiras. Em contrapartida, o sedã da marca alemã ganhou motor flex, que chega a render 150 cv. E recebeu uma boa dose de itens de série. Apesar das mudanças terem prejudicado um pouco a tocada esportiva, o que era marcante na versão importada, o A3 Sedan continua com qualidades sificientes para supercar os rivais da Toyota, Honda, GM e Nissan.
Eu esperava que seria mais discreta a diferença da versão nacional para a importada na hora de dirigir. Mas ficou claro que tanto as alterações no câmbio quanto na suspensão deixaram o carro mais comportado e mais voltado para uso urbano. Houve uma ligeira perda de agilidade nas trocas de marchas em qualquer situação. Seja nas acelerações, ou retomadas. Porém, o carro continua rodando em silêncio e com bom desempenho. De acordo com a Audi, o A3 Sedan Flex pode acelerar de 0 a 100 km/h em 8,8 segundos e atingir 215 km/h.
Nas curvas o carro se mantém estável e transmite segurança, mas exige um pouco mais de cautela. Para os que quiserem um tempero mais esportivo, terá que optar pela versão 2.0 flex.
Dos quarto principais concorrentes, o Corolla Altis (R$ 102.990) é o que mais se aproxima do Audi , mas tem preço salgado. Em seguida vem o Sentra Unique , ganhou recentemente controle eletrônico de estabilidade. E tanto Civic quanto Cruze estão prestes a mudar no fim do ano. Confira a seguir mais detalhes sobre cada um dos cinco sedãs.
1 ° - Audi A3 Sedan 1.4 TSI Flex (R$ 106.990)
Ele ficou mais simples nas versões 1.4 flex, de 150 cv. Mas ainda é superior aos principais sedãs médios mais equipados. Na versão básica Attraction, a lista de equipamentos inclui controles eletrônicos de estabilidade e tração, faróis com lâmpadas de xenônio nos fachos alto e baixo, multimídia com tela retrátil de 5,8 polegadas, entre outros vários itens, como sistema que desliga o motor para economizar combustível.
Pontos fortes
- É mais sofisticado que os sedãs médios topo de linha rivais
- Anda bem e conta com conjunto mecânico eficiente
Pode melhorar
- Sem câmbio de dupla embreagem perdeu um pouco da agilidade do A3 importado
- Tanque de apenas 50 litros prejudica a autonomia do carro
2° - Toyota Corolla Altis (R$ 102.990)
Líder de vendas disparado entre os sedãs médios mais vendidos, impressiona pelo bom acerto do câmbio CVT, que se transforma no modo sequencial, garantindo um pouco mais de emoção numa tocada mais esportiva. Espaço interno, custo de manutenção e valor de revenda também são pontos fortes do carro. Mas cobra caro pela fama de confiável. E não tem controle eletrônico de estabilidade nem como opcional.
Pontos fortes
- Câmbio CVT simula 7 marchas. É um dos pontos altos do carro
- Bom espaço interno e conforto também agradam no Toyota
Pode melhorar
- Mesmo em se tratando de uma versão topo de linha, o preço é alto
- Não há controle eletrônico de estabilidade
3° - Nissan Sentra Unique (R$ 89.990)
Ganhou a nova versão topo de linha em junho último. E fechou 2015 como o terceiro modelo mais vendido do segmento, posição que foi mantida no mês passado, quando teve 595 unidades vendidas. Tem espaço de sobra, conforto e bom desempenho sem cobrar muito por isso. Diferente dos rivais Civic e Cruze , que vão receber uma reforma completa, o Nissan ganhará apenas retoques no desenho, entre outras novidades.
Pontos fortes
Sobra de espaço e conforto fazem parte dos principais pontos fortes desse Nissan
Relação entre custo e benefício é uma das mais atraentes
Pode melhorar
- Consumo não está entre os melhores na comparação com os concorrentes
- O pequeno tanque de meros 52 litros reduz a autonomia com apenas etanol
4° - Honda Civic EXR (R$ 94.100)
Entre os sedãs de marcas japonesas é o que tem acerto mais esportivo. Tem bom nível de ítens de série e anda bem, mas já pede uma reforma completa, o que vai acontecer no fim do ano no Brasil. Enquanto não muda, o Honda continua com câmbio automático de apenas cinco marchas , sem novidades na aparência há quase três anos e com sistema multimídia que não é dos mais práticos de serem usados no dia a dia.
Pontos fortes
- Tem pegada mais esportiva entre os sedãs de marcas japonesas
- Direção precisa e a boa estabilidade nas curvas
Pode melhorar
- Câmbio automático tem apenas cinco marchas e já pede mais mudanças
- Desenho é quase o mesmo há três anos e ficou defasado em relação aos rivais
5° - Chevrolet Cruze LTZ (R$ 90.290)
Enquanto a nova geração não chega, o sedã vai recebendo mais equipamentos, como o sistema OnStar, que presta uma série de serviços, como reserva em restaurantes, ou localização da farmácia mais próxima. Tem o acabamento caprichado entre as principais qualidades. Mas o motor 1.8 gasta mais do que o ideal e não conversa bem com o câmbio de seis marchas. Além disso, precisa de linhas mais modernas. Em janeiro, suas vendas despencaram. De acordo com os números da Fenabrave (Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos), o sedã da GM ficou em oitavo lugar no segmento, com apenas 367 unidades vendidas.
Pontos fortes
A GM caprichou no acabamento interno da versão topo de linha desse sedã
Multimídia Mylink funciona bem com qualquer celular
Pode melhorar
Motor 1.8 flex deveria ser mais econômico, silencioso e ter força em baixas rotações
Vai mudar no fim do ano. Nova geração será bem diferente da atual, feita no Brasil