Quando o assunto é hatch médio, Golf e Focus são as referências. O modelo da Volkswagen consegue aliar bom desempenho com economia de combustível em um conjunto eficiente que inclui motor 1.4 turbo Flex e câmbio automatizado, com dupla embreagem, de seis marchas. O carro alegra seu dia com respostas sempre rápidas aos comandos do acelerador e transmitindo segurança em qualquer situação.
O hatch da marca alemã passou a ser feito no Brasil e a versão nacional começou a chegar às lojas em fevereiro ultimo com uma série de melhorias na comparação com a versão vinda do México.
Apesar de custar caro na comparação com os rivais, o Golf vence esse comparativo de hatches médios, inclusive o Ford Focus , seu principal rival, embora o concorrente da Ford seja mais potente, custando menos. A economia supera os R$ 3.900 (R$ 99.190 do Golf Highline automático ante R$ 95.290 do Focus Titanium Powershift).
No Ford a central multimídia tem tela de 8 polegadas e sistema de som da Sony com 5 alto-falantes e 4 tweeters, com comando de voz. Além disso, pisando fundo no acelerador há 178 cv a disposição, ante 140 cv do VW. Assim como o rival da VW, o Ford também é um produto de última geração, de acordo com o que é vendido na Europa e nos principais mercados do mundo.
Em terceiro fica o Chevrolet Cruze LTZ (R$ 91.390) recebeu atualizações na linha 2016, mas ainda não tem o mesmo apelo dos dois primeiros colocados no ranking de vendas da Fenabrave (Federação dos Distribuidores de Veículos). Ainda tem desenho atual,mas será substituído pela nova geração em 2017, quando passará a ser fabricado na Argentina. O interior se destaca pela central multimídia com reconhecimento de voz
Na briga entre os hatches médios, o Hyundai i30 se atrapalha por dois fatores principais: preço acima da média dos rivais e falta de motor flex. Disponível apenas com câmbio automático de seis marchas, a versão mais em conta custa a partir de R$ 79.776, mas não vem com itens como controles eletrônicos de estabilidade e tração, comando "um toque" nos vidros elétricos e sensor de chuva, itens que a maioria dos rivais oferece de série.
Para ter esses equipamentos no hatch da marca coreana é preciso partir para a versão intermediária, que custa R$ 98.990, preço que sobe para R$ 105.990 na série limitada, que tem faróis com lâmpadas de xenônio, banco do motorista com ajustes elétricos e com aquecimento, partida por botão no painel, entre outros equipamentos.
Em quinto lugar, apoiado principalmente pela relação custo-benefício, fica o Peugeot 308 THP Flex (R$ 84.490), que recebeu retoques no desenho e uma nova central multimídia, com tela sensível ao toque, GPS e juke box de 16 Gb para músicas, vídeos e fotos.
1 - Volkswagen Golf
Tem como principal destaque a eficiência do motor 1.4 turbo flex que funciona bem com o câmbio automatico de seis marchas. A boa dose de sofisticação também merece elogios, mas tudo isso acaba pesando no preço final do carro, acima da média dos rivais. Depois que passou a ser feito no Brasil ficou 10 cv mais potente (150 cv com apenas etanol no tanque, ante 140 cv quando era mexicano). E a liderar o ranking de vendas da Fenabrave no acumulado dos três primeiros meses do ano, com 2.755 unidades, ante 1.862 do rival Focus.
É um carro muito bem acertado e seguro (tem sete airbags de série em todas as versões) e com acabamento caprichado, além de contar com bom espaço interno, tanto para os passageiros quanto para suas respectivas bagagens no porta-malas de 313 litros. Na versão Highline vem de série com rodas de aro 16, mas por R$ 318 passa a ter um conjunto de 17 polegadas. Outros opcionais estão reunidos em pacotes que incluem itens mais sofisticados, como sistemas multimídia mais completos.
2- Ford Focus
A versão Titanium do Focus com câmbio que dispensa pedal de embreagem tem uma lista de equipamentos de série mais caprichada que a dos rivais e um conjunto bem acertado, que o torna um dos hatches médios mais prazerosos de dirigir. E sem cobrar um preço exagerado. Mas, apesar disso, ainda fica um pouco atrás do Golf no cômputo geral por não conseguir a mesma eficiência do rival da Volkswagen. O câmbio Powershift, de dupla embreagem, funciona bem, mas não tem a mesma suavidade do Tiptronic do modelo da marca alemã.
Um dos pontos que o Focus desliza é na questão do espaço interno, que não é tão generoso quanto o ideal, inclusive no porta-malas, que leva apenas 316 litros de bagagem. Mas a qualidade de acabamento é elogiável, com couro de boa qualidade com costuras aparentes e bem feitas. Também é seguro, mas também perde para o Golf nesse quesito por vir com um airbag a menos (seis no total) e ter quarto estrelas no ranking do Latin NCAP para crianças, ante cinco do VW.
3 - Chevrolet Cruze
Mudou pouco na linha 2016, menos do que deveria para incomodar os principais concorrentes. Apenas retoques no desenho da frente não foi o suficiente para ter mais apelo. O motor 1.8 não é dos mais eficientes e será trocado pelo novo 1.4 turbo na próxima geração que está por vir da Argentina, em 2017. Destaca-se pelo acabamento caprichado e pelo multimídia Mylink com reconhecimento de voz.
Já começa a ser vendido até em oferta nas concessionárias, que esperam o lançamento da nova geracão, que chegará primeiro na versão sedã, provavelmente em junho, para depois estrear a hatch, no início de 2017. Além do motor 1.8 já antiquado, o câmbio de seis marchas não é dos mais precisos, com funcionamento hesitante entre as trocas.
4 - Hyundai i30
O que mais impressiona ao volante do i30 é o rodar silencioso e a suavidade com que funcionam os principais comandos, entre os quais volante, câmbio, freios e acelerador. Avaliado na versão topo de linha, o hatch também agrada pelos comandos bem localizados e por ter bom nível de acabamento, que inclui revestimento de couro no volante e nos bancos com costura aparente e feita com capricho. Além disso, há teto solar panorâmico e sistema multimídia com tela sensível ao toque, de alta resolução e que inclui um GPS bem acertado, que alerta sobre bifurcações e desvios de trajetória de maneira clara e bem elaborada.
Mas o motor 1.8, de 150 cv, movido apenas a gasolina, começa a mostrar seu fôlego próximo dos 4.000 rpm, nível de rotação acima do ideal, o que exige pisar com mais vontade no acelerador para conseguir certa agilidade no dia a dia do trânsito. Entretanto, se a ideia não é ter pressa, o se sai bem. Mesmo com pneus de perfil baixo 225/45R 17 o carro não chega a ser desconfortável em piso irregular, já que o ajuste da suspensão é um pouco mais voltado para o conforto, sem prejudicar a estabilidade nas curvas.
5 - Peugeot 308
A linha 2016 ganhou mudanças no desenho, câmbios de seis marchas, versão topo de linha 1.6 turbo flex, novo multimídia e suspensão recalibrada. A relação custo-benefício é o principal atrativo do hatch da marca francesa, bem como o espaço interno. Mas é bom ficar atento ao valor de revenda.
Tem rodar confortável e boa agilidade com motor 1.6 THP Flex, mas tem vários componentes vindos do antigo 307 e as adaptações recebidas na linha 308 feita na Argentina acabaram prejudicando a ergonomia e crcatrizes, como o vão onde ficava o antiquado mostrador digital do computador de bordo, substituído pela central multimídia com tela sensível ao toque, que teve que ser instalada no console central, o que acaba obrigando a olhar para baixo para comandá-la, o que é uma pena.