
A General Motors (GM) anunciou nesta quarta-feira (04), nos Estados Unidos, a suspensão da produção de dois modelos Cadillac elétricos em dezembro e o adiamento de obras em Kansas.
A medida reduz turnos até maio de 2026 e responde ao fim do subsídio federal de US$ 7.500 (R$ 41 mil) por veículo.
A decisão segue a lei tributária sancionada pelo governo Donald Trump em julho, que encerrou o benefício de 15 anos.
Analistas projetam queda de até 40% nas vendas no primeiro semestre de 2025, enquanto a GM afirma que sua base em motores a combustão garante maior flexibilidade diante do recuo na demanda.
A fábrica de Spring Hill, no Tennessee, responsável pelo Cadillac Lyriq e pelo Vistiq, terá um dos dois turnos suspenso por cinco meses.
Já a planta próxima a Kansas City, que receberia um segundo turno para ampliar a produção do novo Chevy Bolt EV, terá os planos adiados indefinidamente. Além disso, paradas gerais estão marcadas para outubro e novembro.
Reação do setor
A CEO da GM, Mary Barra, alertou em dezembro de 2024 que “sem o crédito fiscal, a demanda vai desacelerar”.
Nesta semana, Duncan Aldred, chefe da GM na América do Norte, reforçou que a força dos motores a combustão ajudará a manter a lucratividade.
Porém, a retirada do incentivo coloca os Estados Unidos em desvantagem frente à China e à Europa, onde subsídios continuam ativos.
Linha do tempo
- Julho de 2024: Congresso aprova lei que retira subsídio a elétricos.
- Setembro de 2024: benefício de US$ 7.500 expira oficialmente.
- Dezembro de 2024: GM registra recorde de 21 mil elétricos vendidos.
- Outubro e novembro de 2025: fábricas param por uma semana cada.
- Maio de 2025: previsto fim da suspensão de turnos em Spring Hill.