
Na IAA Mobility, em Munique, um conceito chamou atenção além da potência e da velocidade. A Opel apresentou o Mokka Electric “Coffee”, um SUV compacto transformado em cafeteria móvel.
No porta-malas, em vez de malas ou sacolas, os engenheiros instalaram duas máquinas de café, com moedor, bocal para leite, cápsulas e até mini-frigorífico.
A ideia foi lançar o protótipo justamente no mês em que se celebra o Dia Internacional do Café, em 1º de outubro.
Pausa na estrada com espresso
A proposta é simples: tornar a pausa de viagem em experiência cultural. O carro pode rodar até 403 quilômetros com uma única carga, mas a parada para recarregar a bateria pode ser aproveitada para preparar um espresso ou cappuccino.
Segundo a montadora, o sistema é completo — há espaço para moer grãos, armazenar borras e conservar o leite resfriado.
O modelo não terá produção em série, mas ilustra o esforço das marcas em associar tecnologia de mobilidade ao lazer cotidiano.
A experiência com café contrasta com outra estreia da Opel no mesmo evento: o Mokka GSE.

Totalmente elétrico, o SUV entrega 281 cavalos de potência, acelera até 200 km/h e é vendido como o mais rápido da marca nessa categoria.
Assim, a Opel tenta atender dois públicos distintos: quem busca esportividade e quem valoriza conforto e rituais.
Digital de bordo
Além do café e da velocidade, a linha Mokka ganhou reforço digital. As versões de produção oferecem painel de 10 polegadas, tela tátil ampla e comandos de voz por “Hey Opel”.
O sistema de navegação conectado recebe atualizações automáticas e, com base no perfil de uso, sugere rotas de forma independente.
Para completar, o recurso passou a contar com inteligência artificial ChatGPT, que auxilia em viagens longas e amplia o potencial de entretenimento dentro do veículo.
O Mokka Electric “Coffee” segue como exemplar único, sem previsão de chegar às ruas.
Mas cumpre papel estratégico: mostrar como um SUV pode ser repensado não apenas como transporte, mas como extensão de experiências culturais.
A leitura é clara — o carro elétrico pode ser também espaço de convivência, onde a pausa obrigatória para recarga vira oportunidade de desfrutar um hábito global.