
Segundo dados da consultoria Visible Alpha, a Xiaomi mais que dobrou seu lucro líquido no terceiro trimestre de 2025, registrando R$ 8,5 bilhões (US$ 1,72 bilhão), ante R$ 3,7 bilhões (US$ 752 milhões) no mesmo período do ano passado. O resultado veio bem acima das expectativas do mercado, que projetava um lucro de R$ 6,7 bilhões (US$ 1,36 bilhão).
A receita total da companhia avançou 22% no período e alcançou R$ 78,7 bilhões (US$ 15,9 bilhões), também superando as previsões. Os principais motores desse crescimento foram as divisões de veículos elétricos (EV) e internet das coisas (IoT), que conseguiram compensar a leve retração nas vendas de smartphones.
Divisão de carros elétricos surpreende
A grande estrela dos resultados foi a divisão de veículos elétricos, que quase triplicou sua receita em relação a 2024. A Xiaomi faturou R$ 19,7 bilhões (US$ 3,98 bilhões) com seus modelos EV, número impulsionado tanto pelo aumento nas entregas quanto por preços mais altos, mesmo diante da desaceleração do mercado automotivo chinês.
SU7 aposta em autonomia e desempenho
O SU7 é a porta de entrada para os carros elétricos da Xiaomi. O sedã parte de aproximadamente R$ 161 mil (¥ 215.900) e chega a R$ 224 mil (¥ 299.900) nas versões mais equipadas. O modelo se destaca pela proposta de performance e autonomia que pode superar 700 km no ciclo chinês.

YU7 lidera vendas e reforça presença da marca
Já o SUV YU7 parte de cerca de R$ 190 mil (¥ 253.500) e chega a R$ 247 mil (¥ 329.900) na versão de topo. Com porte maior, autonomia que chega a aproximadamente 835 km e cabine mais espaçosa, o modelo se tornou o carro mais popular da Xiaomi em 2025.
Dados do mercado chinês mostram que foram 33.662 unidades vendidas só em outubro, dentro de um total de 48.654 veículos da marca no mês. O resultado colocou o YU7 à frente de rivais diretos, como o Tesla Model Y, que registrou cerca de 26.006 unidades no mesmo período.
Smartphones em queda, mas ainda lideram
A divisão de smartphones, ainda responsável pela maior fatia do faturamento da empresa, teve r eceita de R$ 32 bilhões (US$ 6,4 bilhões), uma queda frente aos R$ 33 bilhões (US$ 6,6 bilhões) do mesmo período do ano passado.
IoT também avança
Já a unidade de internet das coisas e produtos de lifestyle teve alta de 5,6% no faturamento, com receita de R$ 19,2 bilhões (US$ 3,8 bilhões).