Com uma proposta premium e pegada esportiva, o Citroën DS3 era equipado com o motor 1.6 turbo da PSA.
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Com uma proposta premium e pegada esportiva, o Citroën DS3 era equipado com o motor 1.6 turbo da PSA.

Criada em 2009 como divisão de luxo dos carros da Citroën, a DS passa a vender seus modelos no Brasil apenas sob encomenda. A fabricante chegou ao País em 2012, quando lançou o hatchback esportivo DS3 . Consultada, a assessoria de imprensa da Citroën informou  à reportagem de iG Carros que faz cerca de seis meses que os modelos da DS são vendidos sob encomenda no mercado brasileiro e que dificilmente será possível encontrar alguma unidade nos showrooms nas concessionárias.

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O motivo alegado pela DS para adotar essa nova política  é fácil de adivinhar. A combinação do valor mais alto por ser uma marca premium, a alta do dólar, e a baixa procura dos concessionários e dos clientes fazem com que a divisão de luxo não seja rentável. Outro problema é a estratégia do Grupo PSA em transformar a DS em uma marca própria, desvinculada da Citroën , algo que seria difícil de implementar por aqui.

As concessionárias foram instruídas que devem continuar a prestar os serviços de pós-venda dos veículos, incluindo revisões e eventuais situações relacionadas à garantia. A Citroën ainda disse que irá ajudar as revendas que ainda possuam alguma unidade da DS em estoque, com ações comerciais ou, se necessário, realizando a recompra do carro.

Queda-livre

Embora tenha tido um ótimo resultado nos primeiros anos de vida, a marca DS viu suas vendas caírem vertiginosamente desde 2014. Começaram a operar no Brasil em 2012, com o hatch DS3 , pouco depois lançando o DS5 , já com a proposta premium. O DS3 , por exemplo, era vendido inicialmente por R$ 79.900, enquanto o DS5 chegou às lojas por R$ 124.900. Apesar disso, tiveram um bom desempenho. O DS3 emplacou 717 unidades ao longo de 2012, enquanto o DS5 conseguiu vender 139 veículos no único mês em que esteve à venda.

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No ano seguinte, com 12 meses de vendas, mostraram que tinham fôlego. O DS3 perdeu um pouco de espaço, emplacando 610 unidades. Isso porque veio o DS4, por R$ 99.900 e que emplacou 657 veículos em 2013. O DS5 surpreendeu com 896 unidades. Em 2014, as vendas caíram pela metade. No ano seguinte, mal passavam de 100 unidades emplacadas. Em 2016, seu último ano de verdade no mercado, sofreram com a retração do setor.

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Durante os seis anos em que esteve no Brasil, a Citroën DS emplacou 4.543 unidades. Seu melhor produto foi, acredite se quiser, o DS5 , justamente o mais caro deles e que vendeu 1.695 unidades. Em seguida veio o DS3 , com 1.680 veículos. O DS4 conquistou 1.168 clientes, bem abaixo dos outros dois carros da marca. Enquanto nós ficamos sem a divisão de luxo da PSA, o resto do mundo vê outros lançamentos, como a versão sedã do DS5 e o novo SUV DS6 .

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