Em 1979, a Ford comemorava 60 anos de Brasil e decidiu produzir o seu modelo de luxo para rodar exclusivamente com álcool puro. Nas instalações da montadora no Ipiranga, na capital paulista, foi realizado o trabalho de engenharia para criar o primeiro motor V8 5.0 l com este combustível limpo.
O sedã Ford Galaxie Landau , de 5,4 m de comprimento, 1,9 m de largura, 1,4 m de altura, foi inteiramente adaptado para uso no dia-a-dia com álcool. Foram produzidas cerca de 300 unidades no período de 3 anos.
O primeiro modelo foi entregue ao General João Figueiredo para ser o carro oficial da presidência . Visando divulgar o álcool como combustível, esse veículo foi rodando até Brasília.
Numa viagem de 18 horas , acompanhei a comitiva oficial com paradas na cidades de Jundiaí, Campinas e Ribeirão Preto (SP) Uberaba e Uberlândia (MG) e Catalão e Luziânia (GO) e capital federal. Uma estrutura de abastecimento foi montada porque não havia rede de distruibuição do álcool, hoje chamado de etanol.
Vale destacar que, em 1975, o governo federal criou o Programa Nacional do Álcool. Conhecido como Proálcool, ele visou estimular a produção de carros a álcool diante de duas crises na década do petróleo e a explosão do preço da gasolina.
Pois é, o mundo é dinâmico e os fatos parecem se sucederem ano após ano. Atualmente, o mundo vive um novo grande choque do petróleo .
O Brasil tem o etanol, que pode ajudar, se bem incentivado. Mas, a solução pode ir além com os carros elétricos
. O exemplo do passado de incentivo e comunicação com o álcool seria bem-vindo.