O que iremos dirigir daqui a 100 anos? Pergunta difícil, não é? A BMW  apresentou um conceito que antecipa parte do que a marca acha que será o futuro dos automóveis, chamado Vision Next 100 , durante o 100º aniversário de sua primeira fábrica em Munique (Alemanha).

Para a BMW , todo esse papo sobre carros que dirigem sozinhos não é conversa fiada. “Direção autônoma não é mais uma questão de ‘se’ [vai acontecer], e sim ‘quando’.” explica o chefe da marca Harald Krueger.”Mas o motorista continuará em foco, com conectividade constante, inteligência digital e tecnologia de ponta disponível como suporte”.

A moda das impressoras 3D também irá afetar a indústria, levando as fabricantes a substituir o uso de metais por fibra de carbono e plástico na construção das carrocerias. Os painéis laterais do Vision Next 100 são feitos de resíduos da produção de outras estruturas de fibra de carbono.

Ao contrário de conceitos que volta e meia aparecem nos eventos pelo mundo, criados como monovolumes de tamanho reduzido, o protótipo da BMW foi concebido como um sedã com três volumes. E por que não um SUV, aproveitando que estão em alta? Simples. A BMW é mais conhecida justamente por seus sedãs e a marca acredita que é o tipo de veículo que a define melhor.

Os traços que definem o visual do conceito começaram pela cabine. “Nosso objetivo era desenvolver um cenário com o qual as pessoas possam interagir. Tecnologia vai fazer avanços significativos, abrindo novas e fantásticas possibilidades que irão nos permitir oferecer ao motorista ainda mais assistência para uma experiência de dirigir ainda mais intensa”, afirma Adrian von Hooydonk, chefe de design da BMW .

Quando o motorista chega perto do carro, as portas abrem para cima e a coluna de direção recua até ficar perto do painel, para ficar mais fácil entrar e sair. Assim que o condutor sentar e apertar o símbolo no volante, as portas fecham e a coluna de direção e o banco se movem até a posição salva anteriormente. Como o volante tem um formato retangular, ele consegue fechar como se fosse um cinto, integrando-se ao painel.

A direção funciona em dois modos. Na função Boost, estamos no controle do veículo, enquanto os sistemas ajudam com informações sobre o trânsito e o melhor traçado de uma curva. Se não estiver a fim de dirigir, mude para o modo Ease que o carro assume o controle, recuando o volante para dar mais espaço para relaxar. Quem observa o Vision Next 100 pode saber se o motorista está dirigindo ou não pela cor das luzes na grade dianteira, faróis e lanternas traseiras.

O painel é tão limpo que causa estranheza, não é? Ele é assim porque a BMW acredita que o uso de Heads-Up Display vai se popularizar, utilizando o parabrisa para mostrar todas as informações. A aposta é no LED orgânico, que pode mudar de formato livremente.

Tudo isso é impressionante e ainda assim fica para trás da tecnologia do Alive Geometry . Cerca de 800 pequenos triângulos ficam no painel e nas laterais do carro e podem se mover e mudar de cor. No painel, servem para emitir alertas para o motorista de que há uma situação que requer sua atenção e mais cuidado. Também ajudam na condução, movendo as rodas para auxiliar nas curvas.

Esse projeto é apenas o primeiro dos quatro modelos que a BMW planeja para este ano. O próximo será o Rolls-Royce  Grand Sanctuary , que deve ser revelado em junho. Os dois restantes serão um protótipo da Mini  e uma moto da BMW Motorrad . Se o futuro for mesmo com a fabricante nos mostra, será bem interessante.

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