Após muitos atrasos, a Kia enfim conseguiu iniciar as operações de sua nova fábrica na cidade de Pesquería (México). É uma das melhores notícias que a Kia do Brasil pode receber, já que poderá trazer veículos com impostos mais baixos, seguindo a cota de importação. É de lá que virá a nova geração do sedã médio Cerato e o hatch Rio , inédito por aqui.
O complexo está pronto desde novembro, mas uma briga entre a Kia e o governo do estado de Nuevo León manteve a fábrica fechada. O ex-governador Rodrigo Medina havia prometido incentivos, mas seu substituto, Jaime Rodriguez, se negou a pagar por falta de recursos. Com a garantia de que o governo federal irá cumprir o contrato, a Kia pode iniciar a produção.
Começará fabricando a nova geração do Cerato (lá conhecido como Forte ), com uma produção inicial de 150 mil unidades por ano. Com o atraso, a marca prevê fabricar cerca de 100 mil unidades. Irá exportar o sedã para os Estados Unidos, Canadá e América do Sul. O Brasil deve estar incluso nessa conta, já que José Luiz Gandini, representante da marca no país, fez um pedido de importação.
A fábrica no México é um símbolo de esperança para as operações da Kia no Brasil. A marca viu suas vendas caírem de 85,8 mil unidades em 2011 para cerca de 16 mil unidades em 2015. Consequência do Super IPI de 2012, que adicionou 30 pontos na taxação de carros importados, aliado à alta da cotação do dólar. Como o México tem a cota de importação, os veículos vindos de lá não sofrem a sobretaxa.
Gandini tem grandes planos para a Kia . Começa com a importação do novo Cerato , que chega ao Brasil em setembro . No fim do ano, teremos o hatchback Rio , sua versão do Hyundai HB20 (a Hyundai é dona da Kia e compartilham plataformas e motores), com motor 1.6. Mais para frente, pensam em trazer o KX3 , SUV compacto que usa a mesma base do Cerato .