A sétima geração do Ford Fiesta foi apresentada ao público em Colônia (Alemanha), dentro da fábrica responsável por sua produção para a Europa. Revelado apenas na carroceria hatchback, o carro está previsto para chegar às concessionárias do mercado europeu no ano que vem, maior e mais equipado. Boa notícia para os brasileiros, já que o carro não deverá demorar muito para chegar ao País.
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Isso porque o novo Ford Fiesta continua a usar a plataforma Global B, a mesma do modelo atual e que já é produzido em São Bernardo do Campo (SP). A marca deixou o hatch um pouco mais comprido, embora não tenham revelado a medida final. O motivo é simples: com a chegada do Ka na Europa (conhecido como Ka+ por lá), o Fiesta precisava de mais argumentos para justificar a compra, já que tinha o mesmo comprimento e menos espaço interno que o Ka .
O design é uma evolução do modelo atual, adotando elementos vistos nos últimos carros da marca. A grade, por exemplo, é a mesma do Focus , um pouco menor do que a atual e com formato interno de colmeia. Os faróis de neblina passaram a ser retangulares e podem mudar de posição de acordo com a versão. A traseira deverá ser motivo para polêmica, por ser mais chapada e com uma tampa de porta-malas que parece pequena. Por outro lado, parece ter ganhado mais espaço.
Uma das grandes críticas sobre o Fiesta atual, o interior da nova geração mudou completamente. Recebeu a central multimídia mostrada pela primeira vez no EcoSport renovado, com uma tela de 8 polegadas posicionada fora do painel central, que controla o sistema SYNC 3. O volante é o mesmo do Focus , com a parte central mais fina e com novos comandos. Até os controles do ar-condicionado digital foram alterados, ocupando muito menos espaço do que o anterior.
Mais econômico
Também se distancia do irmão menor por tecnologia. A motorização básica é a 1.2, de quatro cilindros, em versões de 75 cv e 95 cv. Começa a chamar a atenção quando equipado com o 1.0 EcoBoost de três cilindros, nas configurações de 100 cv e 140 cv, e que foi atualizado para contar com desativação de cilindro, o que aumenta a economia de combustível em até 6% em comparação com o motor atual. No papel, isso significa que o rendimento passaria de 23,2 km/l para 24,6 km/l.
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O sistema monitora a operação do motor e, quando percebe que o veículo está em velocidade de cruzeiro ou movendo-se sem acelerar (como em uma descida), desliga um dos cilindros. Basta acelerar um pouco mais, ou entrar em uma situação que precisa de mais potência, que o cilindro volta a funcionar em 14 milisegundos. Considerando o custo do motor EcoBoost, o Fiesta nacional só deve receber esse motor atualizado na versão topo de linha, como acontece com modelo atual.
Apesar dos escândalos envolvendo os motores movidos a diesel das outras marcas, o Ford Fiesta continuará a oferecer versões com esse combustível. Contará com o 1.5 EcoBlue de 65 cv ou 95 cv. O modelo esportivo ST também está confirmado, equipado com o 1.6 EcoBoost turbo, agora capaz de gerar 210 cv, 28 cv a mais do que o atual.
Fiesta aventureiro
Ainda que tenham mostrado apenas a carroceria hatchback, a Ford apresentou quatro configurações diferentes do Fiesta. Além da normal e da conhecida versão esportiva ST, temos também o modelo da linha de luxo Vignale , exclusiva para a Europa, com um acabamento diferenciado e equipamentos apenas para essa configuração, como teto solar panorâmico. O plano é oferecer uma opção ainda mais completa para quem comprou a versão topo de linha Titanium da geração passada.
Não especificaram qual versão terá qual equipamento, mas é bem capaz que o Fiesta Vignale seja o modelo que venha com o sistema de som Bang & Olufsen PLAY e itens de segurança como reconhecimento de placa de trânsito, farol alto automático, alerta de colisão, controle de cruzeiro adaptativo, alerta de permanência de faixa, detector de ponto cego, sistema de estacionamento automático e a versão melhorada do detector de pedestre.
A grande surpresa é a volta do Fiesta ao mundo dos carros com apelo aventureiro, com a criação do modelo Active. Pelas primeiras informações, segue a mesma fórmula usada no Brasil, atraindo quem quer um carro com posição de dirigir mais alta e não se importa tanto com altura em relação ao solo. O design externo usa elementos já conhecidos por aqui, como moldura de plástico nas laterais e sobre as caixas de rodas.
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Essa versão Active tem tudo para chegar ao Brasil, mas terá um pequeno problema quanto ao nome, já que a General Motors usa o sobrenome Activ para seus carros aventureiros ( Spin Activ e Onix Activ ). Uma boa solução (e que deve ser usada) é trocar o nome para Trail , remetendo à versão aventureira que foi vendida no Brasil e que será usado pela marca no novo Ka Trail , apresentado no Salão do Automóvel e que chega às lojas em 2017.