Nem sempre o carro que é lançado no lugar de outro tem tantas qualidades quanto o que deixou de ser fabricado. São casos esporádicos, mas acontecem. Numa pesquisa entre os modelos que são vendidos no Brasil, chegamos a 5 exemplos que você pode conferir abaixo. Saiba quais são e lembre-se deles na hora de trocar de carro. Dependendo do caso, o seminovo pode ser mais interessante.
1 – Chevrolet Zafira
A minivan deixou de ser fabricada em 2012 no Brasil para dar lugar à Spin , de concepção bem mais simples. A antecessora tem origem mais nobre. Vem da Opel, marca alemã da GM na Europa. E conta com soluções mais sofisticadas que as da sucessora, apesar da diferença de idade. Uma delas é o sistema de bancos, que são dobráveis, individuais para sete ocupantes e, no caso dos traseiros, ficam escondidos no assoalho quando não estão sendo usados.
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Outro ponto em que a Zafira supera da Spin fica por conta da posição de dirigir, cujas regulagens conseguem ser mais precisas e chegar a uma melhor posição mais confortável ao volante, que chega a ser mais alta que o ideal na minivan mais nova. No conjunto mecânico, nem há tantas diferenças. A primeira vem com motor 2.0 e câmbio automático de quatro marchas e a outra, 1.8, com caixa de seis. E levando em conta que a Zafira foi lançada em 2000, até que o desenho da veterana é mais harmonioso que o da Spin , não?
2 – Honda Fit
A nova geração do Fit chegou ao Brasil como parte da linha 2015 da Honda . Mas, afora o desenho, que não impressionou nada na comparação com o anterior, o modelo ainda passou a ter alguns itens que deixaram saudades do que foi substituído. Um deles é o câmbio automático com conversor de torque, de cinco marchas, com respostas mais ágeis e precisas que o monótono CVT do Fit atual.
Além disso, o Fit da segunda geração podia ser equipado com freios a disco nas rodas traseiras, ao contrário do da terceira. Isso acaba influindo na eficiência do funcionamento, uma vez que os discos funcionam melhor quando mais exigidos repelirem mais o calor. Outro ponto é que o Fit anterior podia vir com um eficiente motor 1.4, com duas velas por cilindro, que deixou de ser oferecido no atual.
3 – Volkswagen Golf Comfortline
Quando a Volkswagen começou a vender a versão mais em conta da atual geração do Golf no Brasil, em 2014, o carro era importado da Alemanha. Ok, o motor 1.4 turbo funciona apenas com gasolina, mas em compensação havia uma série de itens mais sofisticados que os da versão fabricada em São José dos Pinhais (PR). Começa com o câmbio de dupla embreagem (DSG), substituído pelo de conversor de torque. E continua com o freio de estacionamento eletrônico trocado pelo acionada pela convencional alavanca.
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Outra diferença a favor do Golf importado é a suspensão traseira multilink, mais precisa em situações extremas, como em curvas, em velocidade mais altas, em pisos escorregadios que o simples eixo de torção do modelo nacional que entrou no lugar do alemão. Há também que se considerar que a versão mais em conta do Golf que chegou ao País veio com motor 1.4 turbo e atual conta com o 1.6 MSI do Gol , bem mais simples e com menos rendimento.
4 – Hyundai i30
A primeira geração do i30 que foi vendida no Brasil a partir de 2009 até 2012, era tão superior aos rivais que o carro chegou a ser campeão de vendas no segmento, mesmo sendo importado da Coréia, ao contrário dos principais concorrentes feitos o Brasil. Entre outros itens vinha com suspensão multilink na traseira e motor 2.0, de 145 cv e bons 19 kgfm de torque, ante o eixo de torção do novo que começou a ser vendido por aqui com o 1.6 de 128 cv e 16,5 kgfm, o que acabou piorando o desempenho do carro e causando um efeito negativo logo de início.
Tentaram corrigir isso ao trocar o 1.6, que veio do compacto HB20 , pelo 1.8, apenas a gasolina, de 150 cv. Mas, o estrago já tinha sido feito. Com isso, atrapalhado pelas altas taxas de impostos sobre modelos importados, o i30 nunca mais voltou a ocupar um lugar de destaque no ranking de vendas de hatches médios.
5 – Audi A3 Sedan
Trata-se de um caso parecido com o do Golf. Quando começou a ser trazido ao Brasil, ainda importado da Hungria, em janeiro de 2014, o sedã vinha com motor 1.8, de 180 cv e câmbio automatizado, com dupla embreagem e sete marchas. Depois que passou a ser feito no Brasil, em novembro do ano seguinte, passou a ser oferecido com motor 1.4 flex, de 150 cv e câmbio automático de seis marchas, cujas trocas não são tão rápidas quanto.
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Assim como aconteceu com o Golf , o A3 Sedan também perdeu a suspensão traseira multibraço, substituída pelo eixo de torção. Entretanto, para quem busca por mais desempenho, a Audi passou a oferecer a versão 2.0, de 220 cv, agora sim com dupla embreagem, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 6,9 segundos e atingir 250 km/h.