Lançar um carro não é simples. É necessário fazer uma análise completa sobre a viabilidade do produto, levantando o custo de produção, clínicas para medir a aceitação do público consumidor e, assim, ter alguma expectativa se será um produto competitivo ou se não terá espaço no segmento. Às vezes, as marcas chegam bem perto do lançamento, mas acabam desistindo no último momento. Relembramos as 10 promessas de carros que estiveram bem perto de chegar às concessionárias do Brasil.
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Acura NSX
A Acura estava com todos os planos prontos para começar a vender carros no Brasil, ao mesmo tempo em que outras marcas premium vieram com promessas de abrir lojas por aqui. Até tiveram um espaço no Salão do Automóvel de 2012, onde mostraram o NSX. O superesportivo iria servir de vitrine, demonstrando a qualidade da divisão de luxo da Honda e chamar a atenção para os outros carros da fabricante. Veio a crise, o governo aumentou o IPI, o dólar subiu e o sonho acabou.
Chevrolet Malibu
Sim, o Chevrolet Malibu veio ao Brasil em sua sétima geração. Porém, como vendia pouco, a General Motors tinha grandes dúvidas se iria lançar a oitava geração por esses lados. Enquanto decidia, a fabricante tirou o sedã grande das lojas em 2012. O tempo foi passando e a cotação do dólar foi subindo, até que o Malibu tivesse que custar R$ 150 mil, mais do que o Ford Fusion na época. Como nunca conquistou o público, deixaram de lado.
Ford Everest
Tanto a Chevrolet S10 quanto a Toyota Hilux têm um SUV derivado, o Trailblazer e SW4, respectivamente. A Ford faz o mesmo com o Everest, que usa a mesma plataforma da Ranger. Em 2014, o SUV apareceu em testes no Brasil e a imprensa apontava seu lançamento na América Latina como certo, com produção na Argentina (onde a picape também é fabricada) – inclusive deveria aparecer no Salão do Automóvel de 2014.
Hyundai Veloster Turbo
Após o fiasco do Hyundai Veloster, o grupo CAOA prometeu que iria resolver a falha com a importação do Veloster Turbo, este sim com um desempenho mais condizente com sua imagem de hatch esportivo. Falaram sério, pois mostraram o modelo no Salão do Automóvel de 2014. O tempo passou e acabaram descartando a chegada do compacto no Brasil. As unidades que vieram para homologação e apresentação inclusive foram colocadas à venda.
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Infiniti Q50
Assim como a Acura, a Nissan ia apostar no segmento de luxo no Brasil com o início das operações da Infiniti. Seu principal modelo seria o sedã esportivo Q50. Deveria ter acontecido no mesmo momento que a rival Acura, há três anos. Cancelou os planos após encontrar os mesmos problemas que a concorrência: O dólar subiu muito e o preço do carro ficaria fora da realidade para uma marca que precisava fazer um investimento inicial muito alto, para abrir concessionárias e uma publicidade forte para criar uma imagem.
Nissan Note
Quando a Nissan acabou com o Livina, em 2014, surgiu a expectativa de lançarem outro produto. E era para vir o Note, monovolume que tinha tudo para fazer frente ao Honda Fit. Estava tão encaminhado que a fabricante japonesa levou alguns jornalistas brasileiros para andar no modelo nos EUA. Deveria ser produzido em Resende (RJ), aproveitando o espaço vago com o fim do Livina. Tempos depois, mudaram para importação do México, até desistirem por completo.
Peugeot 308 (2ª geração)
Lançado no Brasil no início de 2012, o Peugeot 308 chegou ao país bem atrasado, pois sua segunda geração foi apresentada na Europa um ano depois. Desde então, esperávamos pelo novo 308, que deveria ser trazido importado para ficar acima da versão passada, que continuaria a ser produzida em Porto Real (RJ). A situação mudou e desistiram, como o presidente do Grupo PSA na América Latina, Carlos Gomes, revelou à iG Carros durante o lançamento do 208 renovado. Se encontrar algum 308 diferente rodando por São Paulo ou Rio de Janeiro, não se anime, pois é um dos modelos que trouxeram para homologação.
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Renault Megane R.S.
Em 2014, a Renault fez a promessa de entrar no segmento dos hatches médios esportivos com a chegada do Megane R.S. no Brasil. De todos da lista, foi o modelo que bateu na trave, mas não entrou. Foi apresentado à imprensa, com duas unidades importadas e emplacadas (que ainda estão na frota da marca francesa). A alta do dólar e o IPI mais alto fariam com que o Megane R.S. chegasse às concessionárias acima dos R$ 150 mil, tornando-o inviável.
Toyota Yaris/Vios
Após anos de espera, a Toyota finalmente lançou o Etios em 2012, seu carro de entrada para o Brasil. Pouco depois, começaram a surgir rumores sobre mais um modelo, que ganhou forma e deu origem a dois carros: O hatchback Yaris e o sedã Vios. O compacto entraria como uma alternativa premium, acima do Etios, enquanto o Vios serviria de rival para o Honda City. Foi visto circulando no Brasil, inclusive recentemente. Alguns apostam que ele ainda virá, sempre com a promessa de que ficará para o ano que vem – papo que vem desde 2012.
Volkswagen Santana
Santana, para o brasileiro, é sinônimo de carro da Volkswagen (mesmo com a fama do guitarrista Carlos Santana). A Volkswagen pretendia aproveitar a força desse nome com o lançamento de um sedã pequeno, posicionado entre o Voyage e o Jetta. Isso foi em 2013, quando a marca o via como um substituto para o Polo Sedan, até porque iria reaproveitar a plataforma PQ25 do Polo. Foi lançado na China e, com o mercado começando a mostrar sinais de problema, foi engavetado, dando fim a uma das promessas mais legais dos últimos anos. A ideia do sedã pequeno voltou à pauta, mas sem o nome Santana: Anunciaram o inédito Virtus no Salão de Genebra, que será a nossa versão da nova geração do Polo Sedan.