Comprar um carro pode ser um exercício de paciência. Encontramos por um bom preço, mas faltam vários itens importantes, oferecidos como opcionais, acessórios ou apenas disponíveis em configurações mais caras. Só que, para alguns equipamentos, não deveria funcionar dessa forma, já que são essenciais no dia a dia. Veja 10 itens que deveriam vir de série em todos os carros vendidos no Brasil.
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Ar-condicionado
Em um país tropical como o Brasil, onde o calor do verão pode chegar passar dos 40°C em algumas cidades, ar-condicionado é um dos equipamentos fundamentais, realmente necessários. Só que alguns carros ainda vem de fábrica sem ele, principalmente os modelos mais em conta – Fiat Mobi e Volkswagen Up! são alguns que deixam esse item de lado nas configurações "pé-de-boi".
Cinto de segurança de três pontos
Eis uma situação bem comum: O carro oferece mais de dois airbags, controle de estabilidade e mais um monte de coisas bem seguras. Quando vamos olhar no banco traseiro, o passageiro do meio usa cinto de dois pontos na cintura e sem apoio de cabeça. De que adianta colocar tanta segurança se não tem o básico. Deveria ser lei há muito tempo: Todo carro deve vir com encosto de cabeça e cinto de segurança de três pontos para todos os assentos. Mas só será regra a partir de 2020.
Controle de estabilidade
É um item de segurança bem importante, obrigatório em muitos países e requisitado pelo Latin NCAP para dar notas altas a um veículo. A Argentina irá exigir o equipamento a partir de janeiro de 2018 para todos os carros. Por aqui, o governo resolveu adiar e colocar a adoção em duas fases: em 2020, para todo carro novo ou que passe por mudanças profundas (sendo necessário homologar novamente), e a partir de 2022, para todos os veículos zero quilômetros. O lado bom é que todos usam um sistema parecido, com um módulo eletrônico que também fornece controle de tração e assistente de partida em rampas.
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Direção elétrica
Não há motivos de um carro ter direção hidráulica quando pode adotar a elétrica. É mais leve, mais confortável, permite aplicar uma variação no peso de acordo com a velocidade do carro e, de quebra, ajuda na economia de combustível – como usa um motor elétrico dedicado ao invés da bomba hidráulica conectada ao motor, não rouba potência. É um custo que pode ser pago pelo volume e uso em toda a linha, tanto que muitos poucos veículos ainda não contam com essa assistência. Só tem apelo para entusiastas, pois até marcas especializadas em esportivos se renderam aos sistemas elétricos.
Protetor de cárter
O asfalto no Brasil é ruim, cheio de buracos, valetas e ondulações, além de rampas de ângulos variados. Quem paga por isso é a parte de baixo dos carros, raspando com o risco de estragar componentes como o cárter, correias, alternador e até o compressor de ar-condicionado. O protetor de cárter serve justamente para isso, com uma chapa de aço ou fibra, que protege toda a região contra pedras, lama, água e outros detritos. Algumas marcas dizem que é desnecessário, por seus carros serem construídos de outra forma, mas uma proteção extra nunca é demais.
Rádio
Ter um rádio no carro é algo básico. Pode ser para ouvir música, acompanhar as notícias e o trânsito, ou escutar os lances da partida do seu time de futebol. Não importa, é algo que todos os clientes querem em seus automóveis pois irão utilizar algum dia. Atualmente, as fabricantes ainda oferecem algumas versões de entrada sem rádio, apenas com a fiação e os alto-falantes posicionados – como é o caso do Toyota Etios básico.
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Repetidor de seta
Quando damos seta para sinalizar uma manobra (isso nos casos em que o motorista lembra de usar a seta), às vezes acontece do condutor do outro carro não perceber por estar em um ângulo ruim. O repetidor de seta nos espelhos laterais ajuda a evitar esse problema de ponto cego, já que fornece mais uma forma de mostrar qual é sua intenção no trânsito. Pode parecer só estética, mas é um item bem importante.
Retrovisor eletrocrômico
Uma situação bem comum no trânsito é sofrer um leve ofuscamento por conta da intensidade dos faróis do veículo atrás do seu carro (pela força da lâmpada ou uso de farol alto). Isso é resolvido pelo retrovisor eletrocrômico, equipado com um pigmento fotossensível ativado eletricamente. Ele é capaz de reagir a uma luz mais forte, causando um escurecimento do espelho, voltando ao normal quando a iluminação retorna ao padrão anterior.
Sensor de estacionamento
Como as autoescolas estão mais preocupadas em formar os alunos, a maioria dos brasileiros não aprende a manobrar o carro de forma correta. O sensor de estacionamento ajuda muito a corrigir essa falha, por indicar o quão próximo o veículo está de algum obstáculo – quantas raladas e batidinhas em estacionamento de shoppings poderiam ter sido evitadas se fosse um item oferecido em todos os carros? É mais útil do que a câmera de ré e bem mais simples.
Trio elétrico
Vidros, travas e ajuste do retrovisor. Como pode algumas fabricantes não oferecerem esses equipamentos em seus carros. O Chevrolet Prisma Joy, por exemplo, não tem travas elétricas, obrigando que o motorista lembre-se de trancar cada uma das portas manualmente. Outros, como o Fiat Mobi mais barato, vem com vidros com manivela até nos da frente (só ficam elétricos com um pacote opcional). E, convenhamos, ter que se esticar pelo carro para ajustar o retrovisor do lado do passageiro é algo que deveria ter sido abolido dos modelos atuais.