Carro no Brasil é muito caro, todos sabemos bem disso e uma grande parte da culpa é dos impostos cobrados pelo governo. A Câmara de Dirigentes Lojistas Jovem (CDL Jovem) vai provar isso com a edição 2017 do Dia da Liberdade de Impostos, iniciativa que leva lojas de 12 estados a vender alguns produtos sem as taxas no dia 1º de junho. Confirmaram até um carro zero quilômetro, o Peugeot 208, que será vendido com um desconto de 28% no preço.
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Grande destaque do Dia da Liberdade de Impostos, uma unidade do Peugeot 208 Active será vendida pela concessionária Champion Peugeot, no Distrito Federal, por R$ 37.319,38. É um desconto de R$ 14.970,62 sobre os R$ 52.290 do preço de tabela. Isso dá, aproximadamente, 28% de desconto. “Os impostos não deixarão de ser pagos, mas esse custo será bancado pelos empresários, e não repassado ao consumidor”, diz Raphael Paganini, coordenador da campanha e presidente da CDL Jovem DF.
Claro que vender abertamente seria um prejuízo muito grande, por isso apenas a concessionária venderá apenas uma unidade do hatchback. Para participar, será necessário ir até um dos três postos de combustível da Jarjour que participam da ação e fazer um palpite de qual será o valor marcado no impostômetros no momento em que forem pausados – o que será feito quando acabar o estoque de 45 mil litros de gasolina sem impostos . Quem chegar mais perto ganha a chance de comprar o carro.
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A ação com o Peugeot 208 é só um dos vários descontos. Os postos de gasolina do DF venderão combustível por R$ 2,14, 40% a menos do que os atuais R$ 3,35, com o limite de 20 litros por veículo. Ao todo, 12 estados irão participar da campanha: Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Impostos demais
A CDL Jovem quer usar o Dia da Liberdade de Impostos para mostrar como os brasileiros poderiam comprar muito mais se os produtos não tivessem uma carga tributária de país desenvolvido, mas sem o retorno nos serviços públicos. “Mais de 40% dos rendimentos são destinados a impostos e, em nossa opinião, esse porcentual não é razoável, especialmente porque prejudica o poder de compra dos cidadãos”, defende Paganini.
Não é a primeira reclamação de uma entidade. Em 2016, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) disse que, somando todas as taxas, o brasileiro paga entre 48,2% e 54,8% só de impostos. Em comparação, os EUA cobram 7,5% de carga tributária, enquanto os argentinos pagam 21% para o governo. O Peugeot 208 vendido no Dia da Liberdade de Impostos estará 28% mais barato, menos do que o que a Anfavea diz ser destinado ao governo.
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