Este é o ano da Volkswagen no Brasil, com grandes investimentos da marca no País para recuperar a confiança dos brasileiros. O principal modelo desta ofensiva será o novo Polo, a sexta geração do hatchback será produzida em São Bernardo do Campo (SP), chegando às concessionárias no segundo semestre deste ano – possivelmente em outubro. Será posicionado entre Fox e Golf, o que deve deixá-lo com preços entre R$ 50 mil e R$ 90 mil.
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Apresentado nesta sexta-feira (16), o Polo finalmente deu as caras, embora tenha aparecido sem disfarces diversas vezes. É o primeiro carro da Volkswagen a utilizar a plataforma MQB-A0, uma versão encurtada da base modular e que dará origem a mais dois modelos: o sedã Virtus, que também será revelado neste ano, e o SUV compacto baseado no conceito T-Cross. Há chances de um terceiro veículo, uma picape que fique acima da Saveiro e concorra com a Fiat Toro.
Está mais próximo do Golf do que do Gol. Mede 4,05 metros de comprimento, 2,56 m de entre-eixos, 1,74 m de largura e 1,44 m de altura. O Gol tem 3,89 m de comprimento e 2,46 m de entre-eixos, já no Golf essas medidas são de 4,25 m e 2,63 m. É praticamente o tamanho que a quarta geração do Golf, que foi fabricada no Brasil, tinha, com 10 cm a menos no comprimento, porém com 5 cm a mais no entre-eixos. O porta-malas tem capacidade para 350 litros.
Motores e equipamentos
Como esperado, na Europa, o Polo mais básico terá o 1.0 MSI, de três cilindros, nas versões de 65 cv e 75 cv. É o mesmo utilizado no Brasil em Gol, Up! e Voyage, sempre combinado ao câmbio manual de cinco marchas. A opção turbinada, com configurações de 95 cv e 115 cv, fica como intermediária na gama, e pode ser equipado com a transmissão automatizada DSG de dupla embreagem e sete marchas.
O topo da linha normal será o Polo 1.5 TSI, uma evolução do 1.4 TSI e com diversas tecnologias, como desativação de cilindro, e gera 150 cv. Infelizmente, não veremos este motor por aqui tão cedo. A versão GTI já está confirmada, com o 2.0 TSI, de 200 cv. Os europeus terão outras opções, como o 1.0 TGI, abastecido com gás natural e que gera 90 cv, e o 1.6 TDI para quem gosta de diesel.
Isso já dá uma dica do que podemos esperar para o Brasil. O 1.0 aspirado já é produzido por aqui, porém há chances de que não seja oferecido, para afastá-lo dos demais modelos. Receberá o 1.6 MSI, de 120 cv, este sim equipando a versão de entrada. Em seguida, deve vir o 1.0 TSI, de 125 cv, aproveitando as alterações feitas para o Golf. Sem o 1.5 turbo, ficaremos com o 1.4 TSI já utilizado em outros carros da marca. O GTI deve chegar em um segundo momento.
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Como querem que o carro fique com preço competitivo, ficaremos sem o câmbio automatizado DSG, de dupla embreagem. Em seu lugar, a Volkswagen deve usar a caixa automática Tiptronic, repetindo o movimento feito com o Golf nacional. Falando nisso, pode esperar por mudanças na suspensão utilizada no modelo produzido em São Bernardo do Campo (SP).
Muito mais tecnológico, o hatch recebe muitos itens interessantes. Conta com o sistema de piloto automático adaptativo, assistência de estacionamento, alerta de pontos cegos, alerta de permanência em faixas, frenagem de emergência e mais. Alguns devem ser oferecidos por aqui como opcionais das versões mais caras. Os equipamentos que devem aparecer na versão nacional é o painel digital (o mesmo de Audi TT e VW Passat) e a central multimídia de oito polegadas, uma forma de responder ao Fiat Argo.
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Gol, Up!, Fox, Polo e Golf
Como diz o subtítulo, esta será a linha de hatches da Volkswagen para o mercado brasileiro. A marca confirma que não irá tirar nenhum de linha, pois acredita que cada um tem o seu público. O Gol será o carro de entrada, mais simples. Reestilizado no início do ano, o Up! tem uma proposta mais descolada e premium.
O Fox fica como opção para quem prefere um carro um pouco mais alto e não quer partir para os SUVs (e deve receber um facelift em breve). O Polo é para quem quer uma pegada mais esportiva. E, por fim, o Golf é o maior deles, mais rápido e mais equipado.