Um raro exemplar Alfa Romeo G1 está pronto para ir a leilão em janeiro de 2018 na RM Sotheby’s Auctions, um dos maiores do mundo, em Phoenix, no Arizona (EUA). Trata-se de um dos 52 modelos produzidos, porém, acredita-se que este seja o único ainda completo remanescente. Por essa razão, estima-se que será arrematado por US$1,5 milhão.
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Encontrado na Austrália, o Alfa Romeo desenhado por Giuseppe Merosi foi produzido em 1921 e foi o primeiro da marca a sair da linha de montagem. A raridade italiana sem cabine, ou roadster, destacou-se em corridas, como a Coppa de Garda, no período entre-guerras, havendo também uma versão cupê, para as ruas. Entretanto, o carro foi um fracasso comercial, por causa do aumento crescente dos preços do combustível e da baixa autonomia do modelo italiano.
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A interessante trajetória do pioneiro
A história deste exemplar específico é bastante interessante. Foi comprado por um rico empresário australiano que faliu e, com inúmeras dívidas, escondeu o carro, onde ficou por 25 anos guardado após seu falecimento. Em 1947, foi encontrado por um fazendeiro que se utilizou da relíquia para realizar os deveres de sua fazenda, até se chocar com uma árvore e desmontar o motor, que chegou a ser usado como bomba d'água. Em 1964, um entusiasta dos carros da Alfa Romeo, chamado Ross Flewheel Smith, resgatou a relíquia. A partir disso, o carro foi sendo restaurado por inúmeras vezes até 1995, quando Julian Sterling realizou a última delas e vendeu para a importadora neozelandesa especializada nos carros da marca italiana.
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O motor do Alfa Romeo é um seis cilindros em linha, de 6.3 litros de cilindrada, que produz 21,5 kgfm de torque e 70 cv, ou seja, seis vezes maior do que de um carro 1.0 com a mesma potência. Porém, vale lembrar que, para a época, o veículo era muito poderoso, tanto que era capaz de atingir a velocidade máxima de 130 km/h, ante no máximo 40 km/h que a maioria atingia na época. Os freios são mecânicos e acionados somente nas rodas traseiras e o câmbio é manual, de 4 marchas.