Em 2017, o Toyota Corolla se tornou o sedã médio mais vendido do Brasil pela nona vez consecutiva. Na frente do rival, o Civic só esteve no longínquo ano de 2008, quando Barack Obama era eleito para seu primeiro mandato, Crepúsculo se tornaria um grande sucesso entre os adolescentes e a oitava geração do Honda enchia os olhos dos curiosos com seu painel que mais parecia a central de comando de uma nave espacial. Desde então, uma repetição incessante do Corolla na liderança.
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Com base nos números da Fenabrave (Federação Nacional de Distribuição de Veículos), o Corolla terminou 2017 com 66.188 unidades vendidas, enquanto o Honda Civic , segundo colocado no segmento de sedãs médios, ficou na casa dos 25.871 emplacamentos. É um verdadeiro baile da Toyota em cima do principal rival e de todos os outros. Em alguns meses, o Toyota Corolla chegou a vender mais que rivais de peso no ano todo.
Um dado interessante mostra que muitos brasileiros ficaram na dúvida entre o Civic e o Corolla ao longo de 2017, pois o sedã da Honda aparece à frente do Toyota no ranking de pesquisas do Google. Quantas dessas pesquisas não foram feitas por proprietários indecisos de Corolla?
Não resta dúvida que o sedã médio da Toyota foi um melhores dos carros que andamos em 2017, mostrando-se seguro, confortável, espaçoso e muito econômico em trajetos rodoviários. Deve ser por isso que o modelo vendeu 40 mil unidades a mais que o principal rival, ostentando 43% de participação de mercado em seu segmento. Mas, o Civc mostra que tem mais qualidade que o rival. Confira abaixo quais são.
1 - Estilo descolado
É difícil defender o Corolla quando falamos de estilo. O sedã da Toyota sofre dos males do conservadorismo ao ponto que nunca tivemos um modelo realmente impactante no visual. Trata-se apenas de um carro de linhas harmoniosas. Mas o Honda Civic é bem mais ousado e jovial em sua proposta, tendo em vista até a faixa etária do público.
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O visual descolado começa com uma dianteira agressiva e afiada, com capô longo e musculoso que reforça as características agressivas do Civic. Ele também é mais baixo que o Corolla, passando uma impressão ainda mais esportiva. Mas para nós, o melhor ângulo para admirar o Honda Civic é de perfil. Visto de lado, o carro lembra bastante um cupê esportivo por conta do visual “notchback”. As linhas do teto descem até o corte de sua traseira de maneira fluida, eliminando a demarcação do porta-malas. Nesse sentido, o Corolla fica devendo no visual simplificado.
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2 - Mais eficiente
Não resta dúvida de que o Corolla tem boa autonomia. De fato, obtivemos bons números em trajeto rodoviário, inclusive nas subidas de serra que costumam elevar o consumo de qualquer carro. As médias ficaram de acordo com os números divulgados pelo Inmetro, aferindo 10,6 km/l na cidade e 12,6 km/l na estrada. Isso com o motor 2.0, de 154 cv e câmbio automático CVT, que simula seis marchas.
Mas tivemos uma surpresa ainda mais grata com o Honda Civic Touring, a versão topo de linha do modelo japonês. Os números do Inmetro do modelo fabricado em Sumaré (SP) ficam na casa dos 12 km/l na cidade e 14,6 km/l na estrada. Coloque isso na conta do motor 1.5, turbo, de 173 cv de potência.
3 - Para quem curte acelerar
O Civic mostra um lado mais esportivo, que vai além do visual arrojado. De acordo com a Honda, o sedã com cara de cupê acelera de 0 a 100 km/h em 8,6 segundos antes de atingir a velocidade máxima de 221 km/h. O Corolla não fica muito atrás, atingindo a mesma velocidade em 9,6 segundos e antes de encostar nos 200 km/h de velocidade máxima. Portanto, se você curte acelerar, vá de Honda Civic, que também se mostra mais estável nas curvas e melhor precisão nos comandos de freios e direção, além de uma suspensão mais bem ajustada, de acordo com nosso comparativo.
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4 - Interior futurista
Não há discussão sobre qual carro tem o interior mais interessante. O Corolla tem materiais de melhor qualidade, com detalhes em costura e toque macio até nas portas traseiras. Entretanto, deixa a desejar quando falamos do design interno conservador. Faça uma breve comparação das imagens e você chegará à conclusão de que o Civic é mais descolado.
Uma das coisas que mais me incomodam a bordo do Corolla é o interior retilíneo e chapado. O kit de infotenimento também fica devendo para o concorrente, e é sempre lembrado como um dos menos intuitivos entre os carros mais vendidos do Brasil. Mudar a estação de rádio no Corolla também pode ser um pesadelo, pois abdica dos botões giratórios convencionais que facilitam tanto a nossa vida. Também é difícil entender a razão pela qual a Toyota colocou um relógio digital antiquado ao lado da central multimídia.
Isso não faz a central multimídia do Civic ser melhor, mas a do Corolla acaba sendo ainda menos intuitiva. No sedã da Honda, o seu celular irá se conectar à central multimídia se estiver salvo em seu sistema e com o Bluetooth ligado. O mesmo não acontece no Toyota, já que você terá que conectar seu celular por meio das configurações sempre que quiser ouvir músicas, podcasts ou atender ligações do celular.
5 - Espaço para a bagagem
É importante dizer que ambos os carros possuem exatamente 2,70 metros de entre-eixos, e o espaço interno é praticamente o mesmo. Entretanto, sua família vai agradecer se você tiver o Honda Civic na garagem por conta do porta-malas. Ele traz 520 litros de capacidade, enquanto o Toyota Corolla tem apenas 470 litros. São 50 litros de capacidade que fazem a diferença na hora de apertar as malas da sogra no porta-malas do carro.
Analisando todos os dados levantados por nossa lista, concluímos que o Honda Civic é mais estiloso, econômico, espaçoso e divertido de dirigir em comparação ao Corolla. Entretanto, você terá que desembolsar um pouco mais pelo Honda. Na versão Touring que utilizamos para a comparação, o Civic custa R$ 124.900. A Toyota, por sua vez, pede R$ 118.440 no Corolla Altis. Os R$ 6 mil reais podem fazer a diferença para o consumidor que pretende desembolsar algo em torno de R$ 120 mil por um sedã médio na hora de pagar o seguro.