Assim como acontece com Coca-Cola e Pepsi, McDonald´s e Burger King ou Nike e Adidas, a briga entre Civic e Corolla é antiga. Mas para quem acha que o Honda está bem à frente do rival acaba se enganando. Depois que o Toyota recebeu controle eletrônico de estabilidade, rodas de aro 17, retoques no desenho, entre outras melhorias, as diferenças entre os dois diminuíram bastante no cômputo geral. A seguir, vamos à disputa passo a passo.
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Vamos começar pelo preço. O Civic EXL sai por R$ 105.900 ante R$ 103.990 do Corolla XEi, o que significa que o Toyota é R$ 1.910 mais em conta. Porém, o Honda oferece mais tecnologia, em exatamente itens como os dispositivos que ajudam a dar uma melhor dinâmica, como a vetorização de torque e o freio de estacionamento eletrônico. Ou ainda a entrada HDMi no console central.
De resto, porém, a lista de equipamentos de ambos de equivale. Os dois contam com ar-condicionado digital, direção elétrica, bancos de couro, som de boa qualidade com comandos no volante, GPS, faróis auxiliares de neblina, bancos traseiros bipartidos, câmeras de ré, entre outros itens apreciados em sedãs médios .
Lado a lado, o Civic dá um banho de design no Corolla . O Honda tem um projeto mais moderno, do qual fazem parte linhas arrojadas, o que inclui o estilo que lembra o de um notchback pelo vidro traseiro bem inclinado, como se fosse uma continuação da linha da capota. As belas lanternas que invadem a área da tampa do porta-malas e a cara de mau do Honda contrastam com o aspecto conservador do Toyota.
Por dentro, o Honda continua na frente do rival quando o assunto é estilo. Basta dar uma olhada a galeria de imagens para notar as diferenças. O Civic vem com instrumentação digital, freio de estacionamento elétrico, console central elevado que separa bem o lado do passageiro do motorista, além de traços no painel que beira o futurismo. Por outro lado, o Toyota adota um aspecto bem mais sóbrio, mas de bom gosto e funcional. Entretanto, acaba exagerando um pouco na dose da sisudez com o singelo relógio digital no painel.
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O espaço interno no Civic também é um pouco maior, principalmente no porta-malas, de 520 litros no Honda ante 470 litros no Toyota. A distância entre eixos, que acaba influenciando bastante no espaço no banco traseiro, é idêntica entre os dois: 2,70 metros. E o Civic é um pouco mais largo ( 1,80 m ante 1,78 m) e comprido (4,64 m contra 4,62m). Além disso, vem com acabamento um pouco mais caprichado e vem com uma central multimídia ligeiramente mais fácil de se lidar do que a do Corolla, bastante lenta e confusa.
Acelerando os dois sedãs
Mas, como diz o dito popular, quem vê cara não vê coração, se o Civic tem beleza o Corolla se destaca pela parte mecânica, principalmente pelo câmbio CVT, um dos melhores que já fizeram até hoje. Todo o jeito de esportivo do Civic acaba não condizendo com o comportamento pacato da sua caixa de marchas, também automática CVT, mas que acaba priorizando bem mais a economia de combustível, prejudicando na hora de ditar uma tocada mais animada ao volante, que vem com hastes para trocas sequenciais, assim como no Corolla.
Então, o ajuste para simular relações de marchas longas do Honda decepcionam, ao contrário do que acontece no Toyota, que consegue o melhor de dois mundos, com suavidade e boas respostas quando é preciso, além de até leves trancos entre as trocas sequenciais, o que é apreciado para quem curte o prazer de dirigir.
Contudo, o Civic dá o troco nas curvas, comportando-se de forma exemplar por transmitir segurança em qualquer situação. Comandos de direção, freios e, principalmente, a suspensão dão conta do recado mesmo abusando um pouco da velocidade. O carro obedece com boa dose de precisão. Faltou apenas um câmbio mais esperto.
No caso do Corolla acontece meio que ao contrário. A caixa de transmissão é ágil, mas o conjunto estrutural não acompanha o mesmo nível. Mas, apesar de ter uma relação entre peso e potência um pouco menos favorável (8,53 kg/cv ante 8,32 kg/cv do Civic), o Toyota consegue fazer o 0 a 100 km/h mais rápido, mérito do ajuste do CVT. São 9,6 segundos e 10,9 s do Honda, de acordo com os números das fabricantes, que ainda dizem que as máximas são de 199 km/h e 196 km/h, respectivamente.
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Conclusão
Portanto, no final das contas, o Civic acaba vencendo por pouco o comparativo pelo conjunto um pouco mais moderno, o que acaba levando a melhor rigidez com leveza e mais espaço, além de um desenho arrojado e um comportamento dinâmico em curvas melhor, transmitindo segurança. O Corolla evoluiu na linha 2018, mas não o suficiente para superar o rival. De qualquer forma, esse jogo pode virar quando a Toyota lançar a nova geração do Corolla, que promete ser mais arrojada e com apelo esportivo sem deixar de lado as qualidades já conhecidas do campeão de vendas no terreno nos sedãs médios.
Ficha Técnica - Honda Civic EXL
Preço: R$ 105.900
Motor: 2.0, quatro cilindros, flex
Potência: 155 cv (E) / 150 cv (G) a 6.300 rpm
Torque: 19,5 kgfm (E) / 19,3 kgfm (G) a 4.800 rpm
Transmissão: CVT, sete marchas (simuladas), tração dianteira
Suspensão: Independente, McPherson (dianteira) / Independente, multibraos (traseira)
Freios: Discos ventilados (dianteiros) / discos sólidos (traseiros)
Pneus: 215/50 R17
Dimensões: 4,63 m (comprimento) / 1,79 m (largura) / 1,43 m (altura), 2,70 m (entre-eixos)
Tanque: 56 litros
Porta-malas: 519 litros
Consumo etanol: 7,2 km/l (cidade) / 8,9 km/l (estrada)
Consumo gasolina: 10,6 km/l (cidade) / 12,9 km/l (estrada)
0 a 100 km/h: 10,9 segundos
Velocidade máxima: 195 km/h
Ficha Técnica - Toyota Corolla
Preço: R$ 103.990
Motor: 2.0, quatro cilindros, flex
Potência: 154 cv (E) / 143 cv (G) a 5.800 rpm
Torque: 20,7 kgfm (E) / 19,4 kgfm (G) a 4.800 rpm
Transmissão: CVT, sete marchas (simuladas), tração dianteira
Suspensão: Independente, McPherson (dianteira) / Eixo de torção (traseira)
Freios: Discos ventilados (dianteiros) / Discos sólidos (traseiros)
Pneus: 215/50 R17
Dimensões: 4,62 m (comprimento) / 1,77 m (largura) / 1,47 m (altura), 2,70 m (entre-eixos)
Tanque: 60 litros
Porta-malas: 470 litros
Consumo etanol: 7,2 km/l (cidade) / 8,8 km/l (estrada)
Consumo gasolina: 10,6 km/l (cidade) / 12,6 km/l (estrada)
0 a 100 km/h: 9,6 segundos
Velocidade máxima: 199 km/h
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