Se para o poeta Mário Pires a despedida nem sempre é um adeus, nós, apaixonados por carros, pudemos ver isso na prática por diversas vezes. E não é só aqui no Brasil. No mundo todo, carros vão e voltam ao mercado por vários motivos. Como você verá em nossa compilação, alguns casos são muito absurdos. Partindo disso, a reportagem do iG Carros enumera a lista definitiva da volta dos que não foram. Ou, se preferir, carros que saíram de linha e voltaram à vida alguns anos depois.

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1 - Mitsubishi Lancer

Entre os carros que saíram de linha e retornaram à vida, o  Lancer é o caso mais recente
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Entre os carros que saíram de linha e retornaram à vida, o Lancer é o caso mais recente

Essa história curiosa foi o gatilho que desencadeou a lista dos carros que saíram de linha e voltaram a ser produzidos. Como você deve lembrar, o final de 2017 reservou um acontecimento que pegou todo mundo de surpresa. Após um tempo fora de cena, o Mitsubishi Lancer voltou a ser fabricado em Catalão (GO), retornando ao mercado em duas versões: HL, por R$ 74.990, e HL-T, por R$ 79.990.

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O sedã havia sumido do configurador do site da Mitsubishi em meados de agosto e, segundo apuramos, a linha de produção havia sido paralisada. Apesar disso, o modelo nunca esteve ausente das concessionárias durante este hiato. Para deixar claro, não estamos falando de um estoque que já havia sido produzido. O Lancer realmente está saindo da fábrica mais uma vez, conforme apurado por nossa reportagem. Não espere que a Mitsubishi faça qualquer esforço para vendê-lo. O novo foco da marca é o lançamento do SUV Eclipse Cross, que deverá acontecer em meados de agosto.

2 - Fiat Siena

Na Coreia do Norte, o Fiat Siena de primeira geração atende por Pyeonghwa Hwiparam
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Na Coreia do Norte, o Fiat Siena de primeira geração atende por Pyeonghwa Hwiparam

A indústria norte-coreana é muito peculiar. Enquanto o sul ostenta marcas como Hyundai, Kia e SsangYong, o meio de transporte mais utilizado no país comunista é a bicicleta. Carros são reservados apenas aos integrantes do governo e pessoas influentes. Em um cenário como este, é curioso que a Coreia do Norte tenha uma montadora de veículos. Mas eles têm, e se chama Pyeonghwa Motors.

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Alguns carros são importados da China e do Vietnã para que sejam montados pela Pyeonghwa Motors em Pyongyang, a capital norte-coreana. É o caso do Fiat Siena de primeira geração. Por lá, ele se chama Hwiparam. O nosso Doblò também marca presença, sob a alcunha de Ppoggugi, assim como alguns carros antigos da SsangYong. Outra curiosidade sobre a Pyeonghwa Motors é que a marca pertence a uma igreja que prega a reunificação das duas Coreias. Enfim, vale a menção.

3 - Volkswagen Fusca

Talvez o Fusca tenha sido o carro que mais saiu do mercado brasileiro. Foram quatro despedidas
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Talvez o Fusca tenha sido o carro que mais saiu do mercado brasileiro. Foram quatro despedidas

 O Fusca já saiu de linha quatro vezes no Brasil. O modelo clássico começou a ser produzido por aqui em 1959, dando adeus ao mercado em 1986. A pedido do presidente Itamar Franco, a Volkswagen do Brasil voltou a produzir o Fusca em 1993, finalizando definitivamente sua fabricação nacional três anos depois. O modelo clássico, entretanto, persistiu até 2003, quando foi encerrada a sua produção no México.

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O New Beetle foi idealizado pelo designer Jay Mays, em 1997, feito sob a base do Golf. Foi vendido no Brasil com motor 2.0, a gasolina e câmbio automático, de quatro marchas. Apenas em 2011 é que apareceu a última geração, com apelo esportivo e desempenho superior por conta do conjunto mecânico. De acordo com a Volkswagen, carros de nicho e baixa produção serão deixados de lado para priorizar modelos de alta demanda, como SUVs e crossovers. Com o novo cenário, o Fusca acabou rodando. Espere vê-lo outra vez em meados de 2020, como um compacto elétrico.

4 - Suzuki Jimny

Suzuki Jimny também passou por uma curiosa realocação de fábrica que encerrou sua produção em Itumbiara (GO)
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Suzuki Jimny também passou por uma curiosa realocação de fábrica que encerrou sua produção em Itumbiara (GO)

O jipinho mais carismático do Brasil teve sua produção encerrada na metade de 2015, no Complexo de Itumbiara (GO). Entretanto, alguns meses depois, voltou ao mercado com certidão de nascimento de outro município: Catalão, também em Goiás. Trata-se de uma conveniência do Grupo HPE por uma fábrica maior. A unidade de Itumbiara tinha capacidade para produzir 7 mil carros por ano, contanto com investimento de R$ 150 milhões.

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No momento, a instalação está inoperante. Entretanto, isso não deve durar muito tempo. Rumores sugerem que a JAC Motors, que já confirmou a nacionalização de seus veículos, deverá assumir a unidade. De acordo com o empresário Sergio Habib, presidente da marca no Brasil, o novo Complexo Industrial receberá um investimento de R$ 200 milhões para produzir até 35 mil carros por ano. Ainda não há data certa de quando a marca chinesa vai começar a produzir seus carros no Brasil.

5 - Volkswagen Citi Golf

Na prática, o Citi é um Golf de primeira geração que foi reestilizado. Fez muito sucesso entre os jovens sul-africanos
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Na prática, o Citi é um Golf de primeira geração que foi reestilizado. Fez muito sucesso entre os jovens sul-africanos

Todo país tem o Fiat Mille que merece. No caso da África do Sul, ele atende pelo nome de Volkswagen Citi Golf. Na prática, ele é apenas um Golf de primeira geração que foi reestilizado para continuar atendendo a demanda do mercado. Sua produção começou em 1984, na cidade de Uitenhage, e foi encerrada apenas em 2009.

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Por incrível que pareça, o Citi Golf não tinha uma função utilitária como Fiat Mille de escada no teto que você vê nas ruas brasileiras. A intenção da Volkswagen era que o produto fosse descolado, para chamar a atenção dos jovens. O painel lembra bastante o do Volkswagen Polo dos faróis redondinhos, que começou a ser vendido no Brasil em 2002. O Citi foi um dos carros mais populares na África do Sul, merecendo até uma campanha de deslançamento da Volkswagen que você pode conferir abaixo.




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