Jornal americano relatou o acidente do Uber, que vitimou uma mulher que levava a sua bicicleta
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Jornal americano relatou o acidente do Uber, que vitimou uma mulher que levava a sua bicicleta

Um carro autônomo da Uber, um Volvo XC90, e com um motorista de emergência ao volante, atingiu e matou uma mulher em Tempe, no Arizona (EUA), no último domingo (18). Essa é a primeira morte de pedestre associada à tecnologia de autocondução, que cada vez mais recebe investimentos pelas fabricantes. A empresa suspendeu rapidamente seus testes em Tempe, bem como em Pittsburgh, São Francisco e Toronto. Além disso, outras empresas que também têm carros autônomos em teste nos EUA ainda não se pronunciaram. Ante o fato, o National Transportation Safety Board (um painel de segurança do trânsito americano) disse que enviaria uma equipe de quatro investigadores para examinar “a interação do veículo com o ambiente, outros veículos e usuários vulneráveis da estrada, como pedestres e ciclistas”.

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O carro que foi usado para os testes foi este Volvo XC90, que também conta com sistemas anti-colisão próprios
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O carro que foi usado para os testes foi este Volvo XC90, que também conta com sistemas anti-colisão próprios

O sargento Ronald Elcock, um porta-voz da polícia de Tempe, disse durante uma coletiva de imprensa que uma investigação preliminar mostrou que o veículo estava se movendo a cerca de 65 quilômetros por hora quando atingiu a vítima, que andava pela rua levando sua bicicleta ao lado. O carro não pareceu desacelerar antes do impacto, revelando que o motorista da  Uber não mostrava sinais de responsividade, mesmo com o tempo claro e seco. Entretanto, a Uber afirmou que irá colaborar com a polícia. “Nossos corações estão com a família da vítima”, disse uma porta-voz, Sarah Abboud, em um comunicado. “Estamos cooperando plenamente com as autoridades locais na sua investigação sobre este incidente”.

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Ainda é preciso desenvolvimento

A tecnologia ainda depende de testes e desenvolvimento, antes de chegar às ruas
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A tecnologia ainda depende de testes e desenvolvimento, antes de chegar às ruas

Levando em consideração que, em 2016, 37.461 pessoas morreram em acidentes relacionados ao trânsito nos Estados Unidos, de acordo com a National Highway Traffic Safety Administration (a administração nacional de trânsito do país), as fabricantes afirmam que a tecnologia é mais segura que os carros regulares, simplesmente porque tiram erros humanos da equação. Isso levanta questionamentos sobre até que ponto é verdade para os dias de hoje, levando em consideração o acidente do Uber e o pé em que ainda está essa tecnologia. Hoje, os pesquisadores que trabalham em tecnologia autônoma têm tido dificuldade de ensinar os sistemas a se ajustarem à conduta ou comportamento humano imprevisível.

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Na Califórnia, entre outros locais dos EUA, exige que as empresas de carros autônomos relatem o número de casos em que os motoristas humanos são obrigados a assumir o controle do veículo, eventos chamado de “desengajamentos”. Entre dezembro de 2016 e novembro de 2017, os carros da Waymo dirigiram cerca de 560.000 quilômetros, e motoristas humanos tomaram o controle 63 vezes – uma média de cerca de 9.000 quilômetros entre cada desengajamento. Estes dados dão suporte à afirmação dos pesquisadores e críticos dos testes de direção autônoma, algo que a Uber ainda precisa apurar para contribuir com as investigações.

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