A tão esperada 12ª geração do Toyota Corolla é lançada no Brasil com várias mudanças e uma versão híbrida. Líder disparado no segmento de sedãs médios, o carro tem 36.640 unidades vendidas entre janeiro e agosto, ante 17.720 do Honda Civic, seu principal rival no País, conforme a Fenabrave (Federação dos Distribuidores de Veículos).
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Na nova geração do Toyota Corolla , entre as novidades, destaca-se a versão Altis híbrida, com novo motor 1.8 flex, uma variação do modelo que equipa o Prius. Trata-se não apenas do primeiro carro híbrido flex do mundo, mas também do mais em conta do gênero disponível no Brasil, por R$ 124.990, uma vez que o Prius sai por R$ 128.530 e R$ 143.990 o CT200h.
De acordo com a marca, a expectativa é emplacar 4,5 mil unidades do Toyota Corolla por mês, sendo que 1 mil serão híbridas. A Toyota ainda oferecerá cinco anos de garantia na compra dos modelos 2.0 Dynamic Force, incluindo mais três na versão híbrida Altis. São números parecidos com os que o sedã tem conseguindo ao longo de 2019, bem acima dos principais rivais.
Ainda conforme a Fenabrave, no segmento de sedãs médios, o terceiro colocado em vendas nos primeiros oito meses do ano é o Chevrolet Cruze , que também acaba de receber mudanças na linha de 2020, entre as quais a opção de acesso à internet a bordo via conexão 4G. O modelo da GM teve 11.992 unidades vendidas de janeiro a agosto, ou cerca de 25 mil carros a menos que o Corolla.
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O quarto sedã médio mais vendido é o VW Jetta, com 8.169 unidades no acumulado do ano, mais de cinco vezes menos que o Corolla, mesmo com uma linha bem variada de versões, que vai da mais simples 250TSI até a 350 GLI, com apelo esportivo, equipada com motor 2.0 turbo, de 230 cv e câmbio de dupla embreagem DSG.
A razão do sucesso do Corolla
Então, vem a pergunta do milhão: por que o Corolla vende bem mais que os rivais? A resposta é simples. Primeiro por causa da confiabilidade mecânica combinada com bom acabamento e uma rede bem estruturada que atende a contento os clientes. Isso acaba contribuindo com bom valor de revenda, algo que é muito valorizado no Brasil.
Além disso, o Corolla é um carro que tem conseguido fidelizar clientes de perfil majoritariamente masculino, de faixa etária um pouco mais avançada e com alta renda, que procura um carro confiável, discreto, cuja intenção de compra é mais racional do que emocional. Num país em que a pirâmide etária vem ficando com cada vez menos jovens, um sedã clássico, de origem japonesa, tem ganhado precisosos pontos a cada ano.
Por causa das vantagens técnicas que tem em relação aos principais concorrentes, pelo menos por enquanto, o Corolla parece que vai continuar e até ampliar sua liderança nas vendas do segmento no Brasil nos próximos anos. O arquirrival, o Honda Civic mudou pouco na linha 2020 e não deve chegar perto do patamar acima das 4,5 mil unidades mensais que tem vendido o Toyota.
As mudanças no novo Corolla foram tantas que lembra o Civic quando mudou no fim de 2006 como linha 2007, ano em que superou as vendas do Corolla, assim como no ano seguinte. Foi quando o modelo da Honda recebeu painel digital de dois andares e linhas bem mais arrojadas, entre as principais inovações. Agora resta saber se as alterações significativas no Corolla vão surtir o mesmo efeito positivo.
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Outro mérito do Corolla no Brasil foi ter resistido bravamente à onda gigantesca dos SUVs que invadiram o País e já representam mais de 26% das vendas totais hoje em dia. O verdadeiro "tsunami" levou embora hatches médios, peruas e reduziu as vendas de sedãs médios, mas o modelo da Toyota permaneceu praticamente incólume.
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Abaixo, reunimos algumas opiniões de leitores do iG Carros sobre o Toyota Corolla , cuja primeira geração foi lançada há 53 anos do Japão e se tornou um sucesso global, como o carro mais vendido do mundo em todos os tempos. Vamos ver como o sedã da marca japonesa vai se sair na nova geração, dando continuidade à sua saga.