O Salão do Automóvel sofre mais uma baixa com o anúncio de que a Kia não participará do evento em 2020. De acordo com o presidente da marca, José Luiz Gandini, a indústria automotiva mudou de forma drástica nos últimos anos, levando à decisão de priorizar eventos regionais. Na última edição, em 2018, a Kia apresentou o esportivo Stinger (lançado em 2019) e o recém-lançado Rio.
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Trata-se de um momento delicado para o Salão do Automóvel. As marcas que não participaram da edição 2018 (Peugeot, Citroën, JAC, Jaguar, Land Rover e Volvo) continuam ausentes para o evento deste ano. Já Chevrolet, BMW, Mini, Toyota, Lexus, Mitsubishi, Suzuki e Hyundai tomaram essa decisão recentemente.
Até o momento, a edição 2020 contará com a presença de Volkswagen , Ford , Troller, Fiat , Jeep, Dodge, Renault e Nissan. Marcas como Audi, Honda, Grupo Caoa (Chery, Subaru e Hyundai), Porsche e Mercedes-Benz ainda estão avaliando a situação. A Reed Exhibitions Alcantara Machado, organizadora do evento, já iniciou as movimentações para reconquistar fabricantes canceladas e negociar valores menores com as marcas que estarão no evento.
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Crise mundial dos Salões
O Salão do Automóvel é um evento caro, tanto para os visitantes quanto expositores. De acordo com uma fonte ligada a uma montadora consultada pela Revista Autoesporte, o valor para participar do evento pode exceder R$ 20 milhões.
O futuro deste tipo de evento é incerto em todo o mundo. A Volkswagen ficou de fora do Salão de Paris em 2018, um dos maiores da Europa, e já confirmou que não participará da edição de 2020. Da mesma forma, outras montadoras devem acompanhar a decisão.
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O Salão de Pequim (China) é um caso à parte, atraindo mais de 800 mil pessoas em apenas uma edição. Em 2020, o modelo será postergado pelo surto de coronavírus que assola o país.