Motoristas e passageiros de táxis e carros de aplicativos estão mais sujeitos ao coronavírus, que pode ser transmitido de várias formas. A mais comum ocorre por meio de tosse ou espirros. E ficar preso em uma pequena cabine facilita esse contágio.
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Outra forma de transmissão pelo novo coronavírus pode ser um contato físico mais próximo entre motorista ou passageiro. Até conversar pertinho pode ser perigoso. Não precisa ser antissocial, mas alguns cuidados são necessários para quem pega ou dirige um táxi, Uber ou 99.
Um conselho óbvio: não dirija ou fique andando de carro se estiver resfriado, tossindo ou achar que está com o coronavírus — mesmo que você esteja usando uma máscara. Em último caso, peça ajuda a alguém da família para levá-lo até o médico. Entrar em um táxi ou carro de aplicativo nessas condições espalhará a doença.
Outra forma comum de contágio é tocar objetos e superfícies contaminadas. Uma vez dentro do carro, como passageiro, mantenha as mãos sobre as pernas e evite ficar mexendo em tudo. Ao sair, não se esqueça de lavar as mãos assim que puder.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o uso de máscaras cirúrgicas só é indicado quando o paciente já está infectado, para evitar a disseminação do vírus. Seu uso indiscriminado só aumentará o pânico, além de acabar com os estoques do produto para quem realmente precisa.
Na França, por exemplo, o presidente Emmanuel Macron decretou que as máscaras sejam vendidas apenas com receita médica e tabelou o preço do equipamento de segurança, bem como do álcool gel, que chegaram a aumentar até 700%.
Especialistas recomendam que as pessoas evitem transporte público, se possível. Isso aumenta a demanda por transporte individual.
Higienizar sem estragar
O motorista deve, constantemente, passar álcool em gel para limpar as áreas de contato — em especial, maçanetas, puxadores de portas, descansos de braços, volante, pomo do câmbio, botões e outros elementos.
Nessa limpeza da cabine, uma opção ao álcool 70° — que anda caro e difícil de achar — são desinfetantes do tipo Lysoform, para citar um exemplo.
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Algumas substâncias podem ser prejudiciais para os plásticos internos. Silicone estraga partes plásticas e retém sujeira e impurezas.
Os bancos exigirão um cuidado extra. Passar álcool neles está fora de questão. O melhor é aspirar antes o estofamento. Depois, borrifar uma solução de sabão neutro e água. No final, passe uma escova macia suavemente.
Há um cuidado vital: não borrife muito líquido. A solução não deve penetrar no estofamento. O excesso de líquido na superfície pode ser retirado com um aspirador de água. Para completar, deixe o veículo ligado com o ar quente e vidros fechados por cerca de 20 minutos.
A limpeza do couro é mais fácil. Bastam sabão neutro e uma escova macia. Uma esponja de cozinha serve, mas não esfregue com a parte verde, mais áspera. Para completar o serviço, seque o banco com uma flanela.
E quanto ao ar-condicionado? Ligar o ar no máximo e fechar a ventilação para agradar os passageiros não é recomendado. A circulação sempre deve estar aberta. O filtro do ar-condicionado tampouco pode estar sujo. O sistema pode colaborar para o desenvolvimento de vírus, fungos e bactérias.
O ideal é rodar com vidros abertos. Pode ser incômodo no calor, mas não será tão desconfortável ou perigoso quanto pegar o coronavírus.
Há um outro cuidado que motoristas e passageiros podem usar: lenços umedecidos com álcool em sua composição. É mais útil que oferecer balinhas aos clientes. Há lixo ou objetos deixados por passageiros? Leve uma bolsa descartável e jogue fora o material assim que possível. A limpeza deve ser redobrada nesses dias.
Claro que não vale fazer tudo isso e esquecer de lavar ou passar o álcool em gel nas próprias mãos. Já há carros de app e táxis em que o motorista aproveita para vender os frasquinhos da substância com preços superiores a R$ 10.
Corridas do aeroporto
Por trabalhar em um espaço fechado e lidar diretamente com um público rotativo que frequenta locais diversos como aeroportos e rodoviárias, taxistas e motoristas de aplicativos precisam redobrar a atenção. Nem precisamos falar que percursos para hospitais talvez despertem o mesmo temor e ainda mais cuidado na higienização.
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Os sintomas de contágio envolvem febre, dores no corpo, tosse e falta de ar. Entretanto, segundo a OMS, o coronavírus pode ficar incubado por até 14 dias, embora o prazo possa ser de apenas um ou dois dias em alguns casos.