Os grupos FCA (Fiat e Jeep) e PSA (Peugeot e Citroën) negam que a crise econômica causada pelo surto do novo coronavírus possa prejudicar a fusão das empresas. No início desta semana, a mídia francesa reportou que a aliança poderia não se concretizar, uma vez que ambas as fabricantes estariam enfrentando reduções de capitalização.
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Por outro lado, as fabricantes não negam que alguns termos do contrato de fusão tenham que ser revistos. No acordo assinado em dezembro de 2019, Carlos Tavares ( PSA ) e Mike Manley ( FCA ) determinaram que a criação da joint-venture levaria em torno de 12 e 18 meses. Com a atual crise causada pela doença do novo coronavírus, o prazo deverá ser estendido.
No acordo assinado em 2019, as companhias confirmaram que a aliança será dividida igualmente (50% para FCA, 50% para a PSA, diferentemente do acordo entre Renault e Nissan). O grupo será liderado pelo atual presidente da PSA, Carlos Tavares, e o executivo-chefe da FCA, John Elkann. A nova diretoria contará com 11 membros, não necessariamente alinhados com uma das fabricantes.
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Antes da crise da Covid-19 , a aliança esperava volume anual de vendas na casa de 8,7 milhões de unidades, com a expectativa de arrecadar US$ 190 bilhões em uma margem de lucro de 6,6%, tomando como base os resultados de 2018.
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As fabricantes se comprometem com o compartilhamento de plataformas, famílias de motores e desenvolvimento de novas tecnologias, alavancando a produção e aumentando a margem de lucro de seus produtos. Para exemplificar, a aliança declara que dois terços de sua produção nos próximos anos será concentrada em duas plataformas (compacta e média), com potencial anual para emplacar mais de 3 milhões de automóveis em todo o mundo.