O agronegócio no Brasil está cada vez mais cheio de tecnologia: já há sensores para monitorar o solo e tratores autônomos, sem falar das práticas de melhoramento genético e biotecnologia. E uma das maiores novidades da picape S10 modelo 2021, apresentada ontem, é eletrônica: um roteador wi-fi de internet a bordo — continuação do que já vem sendo feito na linha Chevrolet desde o fim do ano passado.
No caso da S10 , que tem 60% de seus compradores morando em áreas rurais, o novidade é especialmente importante. O pacote wi-fi inclui uma antena própria garante mais tempo de conexão 4G e garantindo maior velocidade de transmissão de dados. O sinal até 12 vezes mais estável que o de um smartphone.
Para quem vive nas grandes capitais, parece besteira. Mas para quem mora nos confins do Mato Grosso do Sul ou constantemente viaja a negócios pelo interior, trata-se de uma ajuda e tanto. A partir do terceiro mês de uso, é preciso contratar um plano da Claro para que o roteador funcione.
— Sabemos que o Brasil é um país continental e que a cobertura de sinal de internet não é uniforme, por isso o wi-fi da nova S10, com tudo o que ele agrega, ganha uma importância enorme — diz Rodrigo Fioco, diretor de Marketing de produto GM América do Sul.
A tecnologia permite, ainda, que sejam feitas atualizações remotas de sistemas eletrônicos do veículo. A picape da Chevrolet agora é capaz até de identificar a necessidade de troca de óleo, por exemplo, e enviar um alerta para o WhatsApp do dono, que também pode iniciar a refrigeração da cabine à distância (uma das várias funções do novo aplicativo myChevrolet).
O pacote de tecnologia inclui ainda seis airbags de série desde a versão básica Advantage com motor 2.5 flex, câmbio manual e tração 4x2 (R$ 125.390).
A câmera de ré que equipa as S10 a partir da versão LT 2.5 flex (R$ 142 mil) está com melhor definição e pode ser acionada temporariamente em plena viagem para checar a situação de um reboque, por exemplo.
As versões mais caras são a LTZ (R$ 206.190) e High Country (R$ 213.290), que ganham ainda frenagem automática de emergência e detector de pedestres.
Na mecânica, a única novidade é um turbocompressor menor, que chega com a promessa de diminuir o “lag” no motor 2.8 a diesel, de 200cv e 51kgfm. O desempenho impressiona: segundo a GM, o a 100km/h é feito em 10s1.
A Chevrolet volta a oferecer a combinação de motor a diesel com câmbio manual, na versão LS 4x4 (R$ 169.200). Todas as outras S10 a diesel vêm com caixa automática de seis marchas.
Gravata torta
Já as novidades de estilo são exclusivas da topo de linha High Country
. A principal mudança é a grade, que passa a trazer o nome “Chevrolet” bem grande, numa barra central, à moda das picapes Silverado feitas nos EUA. A tradicional gravatinha foi deslocada para o canto inferior, abaixo do farol esquerdo. Com o novo para-choque, houve um pequeno ganho no ângulo de ataque, de 27° para 29°.
Até setembro, as novidades chegarão também ao caro — e pouquíssimo lembrado — irmão utilitário da S10, o Chevrolet Trailblazer (R$ 269.850). Ao longo do ano passado, este SUV teve média mensal de vendas de 280 exemplares.
Lançada em 2012, a segunda geração da Chevrolet S10 nacional ganha assim algum fôlego para aguentar mais alguns anos no mercado — e enfrentar a sua eterna rival Toyota Hilux que, antes de dezembro, também levará alguns retoques.