A Lamborghini completa neste ano os 50 anos do lançamento do esportivo Miura SV, a última e mais rara evolução do modelo Miura, que teve apenas 150 unidades construídas na fábrica de Sant’Agata Bolognese entre 1971 e 1973.
Apesar das linhas comportadas em relação aos atuais Lamborghini, o Miura SV era o máximo em termos de supercarro no início dos anos 1970, sendo um dos primeiro modelos de rua a combinar a carroceria de dois lugares com um motor central-traseiro.
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O motor 4.0 V12 era a alimentado por quatro carburadores Weber de corpo triplo e capaz de desenvolver 385 cv e 40,7 kgfm a 5.750 rpm, sendo combinado a um câmbio manual de cinco marchas. O suficiente para levar a máquina a 290 km/h de máxima, percorrendo a distância de um quilômetro em apenas 24 segundos. Números empolgantes até os dias atuais.
Apesar de manter o visual básico dos outros P400 (como o Miura era conhecido dentro da fábrica), o Miura SV trazia um novo chassi, mais rígido, e um novo sistema de suspensão na traseira, com novos pontos de ancoragem e bitola 130 mm mais larga, permitindo o uso de rodas de tala maior na traseira. Essas mudanças resultaram também na alteração da carroceria, com o designer Marcello Gandini projetando para-lamas traseiros mais largos, novas lanternas, um novo capô.
O interior também ganhou um acabamento mais caprichado, com o uso mais extensivo de couro e detalhes cromados. Mas uma ausência marcante em relação aos antecessores Miura e Miura S foi a retirada do acabamento em forma de cílios ao redor dos faróis.
Ferruccio Lamborghini ordenou que o item fosse retirado dos SV como uma forma de simplificar o processo de produção do Miura. Embora tenha determinado que o seu carro pessoal fosse o único a receber com o adereço.
O Miura SV foi substituído na linha da Lamborghini pelo Countach, que seguiria em produção até 1990. De visual muito mais agressivo, é considerado um ícone da marca, como o carro que ditaria o estilo dos Lambo até os dias atuais.