Um exemplar do Lamborghini Miura P400 S, de 1969, foi achado em uma pequena garagem com pouquíssimos detalhes para arrumar. Considerado o primeiro supercarro da história — uma vez que une o motor de alto desempenho ao posicionamento centralizado e um design aerodinâmico — é esperado US$ 1 milhão (R$ 4,1 milhões, em conversão direta) de valor final pelos especialistas do leilão de carros clássicos da RM Sotheby's (Londres), onde será vendido em outubro.
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O que as fotos tiradas indicam é que este Lamborghini Miura nunca foi restaurado. O supercarro conta apenas com algumas rachaduras e manchas na pintura, mas nada que um polimento não vá deixá-lo quase novo, de novo. É impressionante que todas as lanternas, grades e itens de acabamento estejam inteiros e alinhados. Talvez o mesmo não se diga aos componentes mecânicos, mas não há detalhes revelados sobre isso.
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Como foi parar no celeiro
Entretanto, o mais interessante é a sua história (como todos esses carros achados quase perdidos). Apesar de ser um modelo de 1969, ele foi vendido pela primeira vez em 1971 ao executivo de publicidade alemão Walter Becker. O próximo dono foi o piloto amador Hans-Peter Weber — dono da pequena garagem — que teve até sua morte em 2015. Ao final, o carro clássico acumulou apenas 30.000 km no hodômetro.
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Mesmo que a versão P400 S seja posicionada acima da de entrada, ela foi a mais produzida. Ainda assim, somando todas as unidades produzidas nas versões de entrada, intermediária e a de topo SV, apenas 764 unidades saíram da fábrica. Todos os Lamborghini Miura eram movidos por um motor 3.9 V12 de 345 cv, 365 cv (potência do P400 S) e 380 cv (SV). Como diferenciais ante a versão de base, o exemplar do achado traz acabamento externo cromado, vidros elétricos e um pouco mais de volume no porta-malas.