Quando um automóvel é pensado para ser lançado, há uma série de desafios como pesquisa de campo, processo de homologação, nome que será dado, fabricação dos modelos pré-série, testes e mais testes até chegar nas concessionárias, serviços de pós-venda etc. No entanto, nem sempre algumas dessas etapas é compreendida com sucesso.

Por outro lado, às vezes, a concorrente é a principal vilã oferecendo muito mais vantagem em relação ao custo-benefício, e pode colocar tudo a perder fazendo com que a rival tenha que anunciar o fim da produção do seu produto.

Seja como for, é sabido que para que um carro obtenha sucesso , é preciso que todo o investimento e o número de vendas compensem para a fabricante. Do contrário, o fim da produção será certeiro.

Confira cinco exemplos de carros que não tiveram o sucesso merecido.

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1 - BMW 507

BMW 507: roadster que acabou servindo de inspiração para os modernos Z3 e  Z8, quase fez a marca alemã falir
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BMW 507: roadster que acabou servindo de inspiração para os modernos Z3 e Z8, quase fez a marca alemã falir

Através da ideia do importador de carros europeus nos EUA Max Hoffman, a BMW fez um roadster de linhas elegantes, bem construído e motor do sedã 502, um V8 de 3,2 litros e bons 150 cv.

Nascia em 1955 o 507 que apesar dos atributos, os altos custos na produção fizeram o preço dobrar. Por US$ 10.500, o 507 quase levou a BMW à falência e apesar da meta de vender 5 mil carros, só vendeu 252 até o fim da sua produção, em 1959.

2 - LAMBORGHINI SILHOUETTE

Lamborghini Silhouette: acabou tendo dificuldades para entrar no mercado norte-americano e  terminou esquecido
Divulgação
Lamborghini Silhouette: acabou tendo dificuldades para entrar no mercado norte-americano e terminou esquecido

 O Urraco, primeiro Lamborghini com motor V8 teve baixa aceitação e por conta do orçamento enxuto devido à crise do petróleo dos anos 70, a empresa optou por mexê-lo, dando novo nome em 1976: Silhouette.

Mais potente (260 cv) o esportivo tinha tudo para alavancar as vendas e obter ótimos lucros à Lamborghini não fosse a verba para a certificação do seu maior mercado, o dos EUA. Apenas 52 deles foram fabricados até 1979.

3 - FORD MERKUR XR4Ti

Ford Merkur XR4 TI: era uma versão mais simples do Sierra XR4 para ser vendido nos EUA. Tinha versão automática e manual
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Ford Merkur XR4 TI: era uma versão mais simples do Sierra XR4 para ser vendido nos EUA. Tinha versão automática e manual

Este cupê foi originado do Sierra que sempre teve boa aceitação na Europa. Equipado com motor turbo de 2,3 litros feito no Brasil, o Merkur XR4Ti foi importado para os EUA, entre 1985 e 1989, mas custava tão caro quanto um Audi ou BMW (30.000 dólares).

Porém o fator decisivo para o seu fim no comércio norte-americano foi a exigência do governo dos EUA para adicionar o airbag para os modelos dos EUA uma vez que estes não eram requisitos para modelos europeus. Podeia vir com câmbio manual de cinco marchas, ou automático de três.

4 - CITROËN XM

Citroën XM: chegou a ser vendido no Brasil no início dos anos 90 com suspensão hidropneumática
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Citroën XM: chegou a ser vendido no Brasil no início dos anos 90 com suspensão hidropneumática

O design bastante futurista e ousado para a época, além da tecnologia embarcada foram pontos positivos para o Citroën XM , lançado na França em 1989. Uma de suas características principais foi a suspensão hidropneumática patenteada pela Citroën, uma exclusividade da fabricante, fruto de décadas de pesquisas nessa área.

Vendeu até que bem no início, mas problemas crônicos de suspensão e a falta de mão de obra qualificada o queimou em vários países.

5 - Volkswagen SP1 e SP2

VW SP2: hoje em dia, passou a ter alto valor. Mas apensar do estilo arrojado para a época, fica devendo melhor desempenho
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VW SP2: hoje em dia, passou a ter alto valor. Mas apensar do estilo arrojado para a época, fica devendo melhor desempenho


De 1972, logo o SP1 1.600 saiu de linha por conta da baixa potência (65 cv). A solução vem em 1973 com o SP2 com um 1700 cm³ e 75 cv, mas a falta de desempenho continuava o assombrando com piadas à sigla "SP" de "Sem Potência".

Tentaram o SP3, na verdade um SP2 com um motor 1.6 dianteiro refrigerado a água (AP), de 96 cv e carburação de corpo duplo , "emprestado" do Passat TS, mas no final os custos para viabilização da produção altos demais deram fim ao projeto.


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