A Stellantis , joint-venture formada pela Fiat-Chrysler e o Grupo Peugeot-Citroën , acaba de revelar sua nova estratégia para a marca Opel na América Latina, excluindo Brasil e Argentina dos planos.
A aliança prepara um plano de expansão para Chile e Uruguai, seus principais mercados na região, e também revelou o início das operações na Colômbia e no Equador. Nestes países, a Opel está presente por meio de representantes intermediários, em um arranjo semelhante ao da JAC Motors – que mantém suas operações no Brasil em parceria com o Grupo SHC – e Mitsubishi e Suzuki – que pertencem à HPE Automotores.
No Uruguai, a Opel vende os modelos Corsa , Combo , Crossland e Grandland . O plano de expansão da Stellantis também prevê o lançamento dos modelos Mokka e Corsa em versões elétricas.
Opel no Brasil
Apesar de nunca ter pisado oficialmente no Brasil, alguns veículos da Opel foram vendidos por aqui. Este é o caso de modelos emblemáticos como Kadett , Corsa , Astra e Vectra . Eles foram desenvolvidos na Europa pela Opel e produzidos no Brasil pela General Motors , que à época era dona da fabricante alemã.
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A General Motors vendeu a Opel para o Grupo PSA em 2017. No começo do ano passado, veio a fusão com a Fiat-Chrysler Automobiles , criando a aliança Stellanis que hoje controla mais de 14 marcas.
A General Motors nunca demonstrou interesse em trazer a Opel para o país, ficando restrita à produção de modelos desenvolvidos na Alemanha pela fabricante. Os últimos modelos Opel na linha da Chevrolet foram Astra , Corsa e Vectra , descontinuados em 2011.
Quando a PSA assumiu as operações da Opel em 2017, o vice-presidente do grupo na América Latina, Patrice Lucas, chegou a sinalizar uma aposta no continente. Em entrevista ao UOL Carros, o executivo afirmou que se os produtos de Peugeot e Citroën forem bem-sucedidos no Brasil, o grupo estará pronto para lançar mais marcas, inclusive com modelos elétricos inéditos .
A Argentina segue um panorama diferente, pois a entrada da Opel no país quase se concretizou durante a gestão da General Motors . O presidente global da Opel, Friedrich Stracke, chegou a confirmar oficialmente que a marca tinha interesse em investir no mercado argentino.
Alguns veículos chegaram a ser flagrados em testes, como Zafira , Astra e Insignia , mas os planos esfriaram sem maiores explicações em meados de 2015. Curiosamente, a marca espanhola Seat , que também havia confirmado interesse de retornar à Argentina, abortou os planos no mesmo período.