A produção de veículos registrou queda de 13,4% no mês de junho, na comparação com maio de 2021. Os dados são do balanço semestral da Anfavea (Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores), que refletem a falta de microchips semicondutores na indústria.
Junho foi o pior período da indústria automotiva brasileira nos últimos doze meses. Foram produzidos 166 mil veículos, entre automóveis, comerciais leves, motocicletas, caminhões e ônibus.
Na comparação com o primeiro semestre de 2020, o resultado obtido em 2021 é positivo. As fabricantes produziram 1,15 milhão de veículos no período, resultando na alta de 57,5% frente ao ano passado. Vale lembrar que além da crise causada pela falta de microchips semicondutores , a Ford fechou suas fábricas em Camaçari (BA) e Horizonte (CE) no começo de 2021.
O balanço das exportações caiu 9,4% em junho na comparação com maio, mas frente aos números obtidos em junho de 2020, a alta foi de 72,6%. Nos primeiros seis meses de 2021, a Anfavea repercutiu que 200 mil veículos foram embarcados ao exterior. A Argentina é o principal destino dos carros produzidos no Brasil.
Crise dos semicondutores
Durante o balanço do primeiro semestre, a Anfavea repercutiu um estudo feito pela consultoria BCG, que aponta que a falta de microchips semicondutores afetará a produção de algo entre 5 e 7 milhões de automóveis em todo o mundo. As indústrias que mais sofrem são da América do Norte, Ásia e América do Sul.
A crise dos semicondutores deve se estender até o terceiro trimestre de 2021 – só então os números das indústrias globais voltarão a crescer, na avaliação da BCG. A estabilidade no fornecimento dos componentes não é esperada até meados do segundo trimestre de 2022.