De acordo com um levantamento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores – Fenabrave, os emplacamentos de veículos automotores, considerando todos os segmentos automotivos, encerraram o mês de julho próximo da estabilidade, na comparação com junho (baixa de 0,02%).
Outro dado apontado pela entidade foi a queda de 7,3% no volume de automóveis emplacados , segmento que, conforme ranking histórico, registrou o pior mês de julho desde 2005. A explicação é a escassez de produtos nas concessionárias, por conta das dificuldades que a indústria enfrenta para a obtenção de peças e componentes como o de semicondutores .
Já os comerciais leves , que apresentam menor dependência de componentes eletrônicos, mantêm a recuperação e mostram que o bom momento poderia ser estendido às vendas de automóveis , caso houvesse disponibilidade de produtos.
Em julho, conforme os dados da Fenabrave, foram vendidos 162.404 automóveis e comerciais leves ante 169.575 do mês anterior, o que representa uma queda de 4,23%. No acumulado dos sete primeiros meses de 2021 foram 1.169.052 unidades, contra 926.277 do mesmo período de 2020, ou seja, houve um aumento de 26,2%.
Na contramão da crise na indústria automotiva, o mercado de motocicletas continua aquecido e com boa disponibilidade de crédito, com aprovação média de 4,8 propostas para cada 10 enviadas aos agentes financeiros .
Porém, assim como acontece com os automóveis, as montadoras de motocicletas também enfrentam problemas na obtenção de peças e componentes para regularizar sua produção, frente à alta demanda.
Ainda segundo a Fenabrave foram vendidas 112.586 motos em julho de 2021, ante 106.716 unidades de junho, volume 5,5% maior. Já entre janeiro de julho de 2021 (629.917) e o mesmo período do ano passado (435.445), houve alta de 44,7%.
“O número de emplacamentos, até agora, mostra que o setor, no geral, mantém sua trajetória de recuperação , com um volume total próximo ao que registramos nos últimos anos, antes da pandemia.
E se a produção estivesse normalizada, principalmente, para automóveis, poderíamos ter um crescimento ainda maior do que o previsto para este ano”, afirma Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave.