Entenda os detalhes por trás do reajuste do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
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Entenda os detalhes por trás do reajuste do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços

O Governo do Estado de São Paulo anuncia a redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) a partir de 1° de janeiro de 2022. O percentual atual de 3,9% cai para 1,8%, voltando aos patamares de 2020. 

Segundo o governador João Doria (PSDB), o objetivo é alavancar as vendas de usados e seminovos . “Com menos imposto, pode-se reduzir o preço para o consumidor. Isso significa também mais vendas, mais funcionários contratados, mais concessionárias e revendedoras operando”, diz o governador.

A redução do ICMS era discutida pelo Governo do Estado de São Paulo com a Fenauto (Federação Nacional das Associações de Revendedores de Veículos Automotores) e a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) desde 2020, ao lado de outras lideranças do setor.

A alíquota deste imposto estava em 1,8% até o dia 14 de janeiro de 2021, quando foi majorada para 5,53% – configurando alta de 207%. No início de abril, o governo reajustou o ICMS para 3,9%, que é a alíquota atual. O reajuste para 1,8% só passará a valer no Estado de São Paulo a partir de janeiro de 2022. 

Segundo o presidente da Fenauto, Ilídio dos Santos, o reajuste do ICMS pode amenizar o custo do veículo para o consumidor . “Vai facilitar muito a realização de negócios por parte dos lojistas”, diz o executivo.

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Alarico Assumpção, presidente da Fenabrave, comemora a medida, afirmando que tanto o consumidor quanto os concessionários saem ganhando. “A medida chega em bom momento e preza pela manutenção de empresas e empregos no setor”, afirma.

Queda no faturamento

Conforme apurado pela reportagem do iG Carros, alguns lojistas chegaram a repercutir queda de 30% no faturamento após a alta de 207% no ICMS realizada pelo Governo do Estado de São Paulo em janeiro de 2021.

“Quem vem oferecer o veículo, seja concessionária ou particular, já vem com um valor na cabeça. Como não tem carro zero no mercado , quer pedir mais”, explica Carlos, vendedor consultado por nossa reportagem. “Comprando este carro por valores mais altos, tenho que repassar. O consumidor final está arcando com esta despesa. É uma bola de neve! A pandemia ajudou, mas o aumento deste imposto, em particular, foi o divisor de águas”.

Com o reajuste do imposto para baixo, o Governo do Estado espera que a alta nas vendas possa alavancar o setor com a abertura de novas lojas, a contratação de mais funcionários e veículos mais em conta para o consumidor.

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