Os últimos acontecimentos registrados sobre a invasão da Rússia à Ucrânia nesta quinta-feira (24) despertaram dúvidas negativas não só na Europa e nos Estados Unidos, mas também em todos os países que mantêm parcerias políticas e comerciais com as duas nações em conflito.
Somente na manhã do primeiro dia, o preço do barril de petróleo Brent alcançou US$ 100 pela primeira vez desde setembro de 2014, e as projeções realizadas por especialistas indicam que este valor pode atingir os US$ 120 até o final de fevereiro.
Sendo o segundo maior produtor de petróleo do mundo, a Rússia tem capacidade de produção de mais de 10 milhões de barris por dia, o que pode ser afetado diretamente pelos últimos conflitos.
De acordo com Ricardo Lerner, executivo do setor de logística de combustíveis e CEO da Gasola, startup de negócios transportadoras-postos de combustível, “os impactos nas bombas de combustível irão depender de ações diplomáticas e dos desdobramentos da geopolítica mundial que deixam o mercado volátil e as cotações de dólar instáveis”.
“Essas duas variáveis irão impactar o cálculo de preço do combustível e mudanças no cenário internacional impactam o mercado nacional, de acordo com o preço de paridade de importação (PPI) praticado pela Petrobras desde 2016, o que significa que a definição dos valores cobrados nas destilarias de petróleo serão a mesma da cotação no mercado internacional, onde a tendência é de aumentos consideráveis”, completa.
Como consequência dos desdobramentos econômicos gerados pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia , os preços dos combustíveis terão o reajuste de até 10%, e as projeções indicam que os consumidores brasileiros chegarão a pagar, em média, até R$ 9,50 pelo litro da gasolina comum .
Em relação ao diesel, com sua última alta anunciada dia 11 de janeiro, na qual o preço do diesel subiu de R$ 3,34 para R$ 3,61, as previsões, segundo especialistas, apontam que o valor pode chegar a R$ 6,51 em alguns estados do país.
“Já para os próximos dias prevemos um aumento inicial de aproximadamente 25 centavos no preço do diesel. Isso pode ser apenas o começo de mais uma grande onda de aumento.” finaliza, Ricardo.